O senador americano Marco Rubio, republicano da Flórida, informou nesta quinta-feira, 1º de agosto, que um grupo de senadores americanos apresentou resolução para reconhecer Edmundo González (foto) como o presidente eleito da Venezuela.

Atas recolhidas e divulgadas pela oposição venezuelana comprovam que o oposicionista González foi o vencedor do pleito do último domingo, 28 de julho.

No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, dominado pelo chavismo, decretou a “vitória” do ditador Nicolás Maduro antes de concluir a contagem de votos e, passados quatro dias do pleito, ainda não apresentou as atas da eleição.

Resolução bipartidária

O texto que reconhece a vitória de González é assinado por senadores republicanos e democratas: além de Rubio, Dick Durbin (democrata de Illinois), Rick Scott (republicano da Flórida), Tim Kaine (democrata da Virgínia e vice na chapa de Hillary Clinton, derrotada por Donald Trump em 2016), Bill Cassidy (republicano da Louisiana) e Michael Bennet (democrata do Colorado).

“O desejo do povo venezuelano de ter liberdade e democracia é admirável. O recente processo eleitoral, que o narcoditador Maduro afirma fraudulentamente ter vencido, tem sido uma prova da tenacidade do espírito venezuelano”, disse Marco Rubio numa nota divulgada em inglês e espanhol.

“Os EUA, juntamente com as democracias de todo o mundo, não podem legitimar Maduro ou ser cúmplices mantendo-se ao lado de um narcorregime ilegítimo. Chegou a hora de reconhecermos o presidente da Venezuela, eleito democraticamente, Edmundo González Urrutia”, acrescentou o republicano.

Roubo ‘escandaloso e flagrante’

Na última quarta, 31 de julho, Rubio, Durbin e outros senadores já haviam divulgado uma nota condenando com veemência a fraude eleitoral do chavismo.

“O fato de o regime de Maduro ter se recusado covardemente a divulgar imediatamente tais dados [os resultados do pleito] é revelador da tentativa escandalosa e flagrante de roubar mais uma eleição venezuelana e um futuro melhor para o povo da Venezuela”, dizia o comunicado dos senadores.