A Rússia recebeu remessas de mísseis balísticos do Irã e “provavelmente os usará em algumas semanas na Ucrânia contra ucranianos”, disse hoje o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

O secretário de Estado disse que Washington alertou Teerã, tanto pública quanto privadamente, que fornecer mísseis balísticos “constituiria uma escalada dramática”.

“Este desenvolvimento e a crescente cooperação entre a Rússia e o Irã ameaçam a segurança europeia e demonstram como a influência desestabilizadora do Irã alcança muito além do Oriente Médio”, disse ele.

Blinken também disse que os EUA anunciarão novas sanções ao Irã.

O secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, chamou o fornecimento de mísseis balísticos do Irã para a Rússia de uma “escalada significativa”.

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha disse que investigará as designações de entidades e indivíduos significativos envolvidos no programa de mísseis balísticos do Irã e na transferência de mísseis balísticos e outras armas para a Rússia.

Andriy Yermak, chefe do gabinete do presidente ucraniano, disse que “sanções contra o Irã por fornecer mísseis balísticos à Rússia são um passo positivo”, mas acrescentou: “Também precisamos de autorização para usar armas ocidentais contra alvos militares em território russo, o fornecimento de mísseis de longo alcance e o aprimoramento de nossos sistemas de defesa aérea”.

Rússia não nega

O Kremlin não negou que o Irã lhe estivesse entregando mísseis, tal como alegado pelo Ocidente.

Na segunda-feira, 9 de setembro, Dimitri Peskov, porta-voz do Kremlin declarou: “Este tipo de informação nem sempre é verdadeira.”

“O Irã é um parceiro importante”, acrescentou, observando que os dois países estão desenvolvendo a sua cooperação “em todas as áreas possíveis, incluindo as mais sensíveis”.

As restrições do Conselho de Segurança das Nações Unidas à exportação de certos mísseis pelo Irã, incluindo mísseis balísticos, expiraram em outubro, mas os Estados Unidos e a União Europeia mantiveram-nas.

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