Rússia inclui movimento LGBT em lista de entidades terroristas
Decisão foi implementada quatro meses depois de o Supremo Tribunal Russo proibir o movimento, classificado como “extremista”
A Rússia adicionou o que chama de “movimento internacional LGBTQIA+” a sua lista de entidades “terroristas e extremistas”. A decisão foi implementada quatro meses depois de o Supremo Tribunal Russo proibir o movimento, classificado como “extremista”.
Essa medida abriu caminho a processos judiciais contra qualquer grupo que defenda os direitos LGBTs na Rússia.
De acordo com o direito penal russo, participar ou financiar uma organização extremista é punível com até 12 anos de prisão. Uma pessoa considerada culpada de exibir símbolos desses grupos pode pegar até 15 dias de detenção pelo primeiro delito e até quatro anos de prisão por reincidência. Pessoas consideradas envolvidas com uma organização extremista são proibidas de concorrer a cargos públicos.
Na última quarta-feira, 20, as autoridades russas informaram que os donos de um bar na região dos Urais foram detidos por “extremismo LGBTQIA+”.
Esse foi o primeiro caso criminal do tipo na Rússia depois da decisão da Suprema Corte de classificar o movimento como “extremista”. A audiência ocorreu a portas fechadas.
O reconhecimento de grupos LGBTs como movimentos extremistas fez parte da campanha eleitoral de Vladimir Putin.
O autocrata russo se apresenta como defensor dos “valores tradicionais”. Durante seus 25 anos no poder, Putin implementou medidas que restringem as expressões de orientação sexual.
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