Rússia diz ter (mas não mostra) “provas” de elo do terror com Ucrânia
O Comitê de Investigação da Rússia afirmou ter provas que comprovam a participação da Ucrânia no ataque terrorista na casa de shows em Moscou
O ditador russo Vladimir Putin tenta de toda forma envolver a Ucrânia no ataque terrorista, reivindicado pelo Estado Islâmico, que ocorreu em Moscou e deixou de mais de 140 pessoas mortas na casa de shows Crocus City Hall no último dia 22.
O Comitê de Investigação da Rússia anunciou, nesta quinta-feira, 28, que possui evidências, mas não divulgou quais, que comprovam as ligações entre a Ucrânia e o recente ataque terrorista ocorrido em Moscou. Segundo a comissão, os responsáveis pelo atentado receberam financiamento de grupos nacionalistas ucranianos.
De acordo com o comunicado emitido pelo comitê, as provas foram obtidas através do trabalho conjunto com terroristas detidos. Embora não tenham sido apresentadas as evidências em questão, a investigação afirma possuir informações concretas de que os autores do ataque terrorista receberam quantias significativas de dinheiro e criptomoedas provenientes da Ucrânia e que teriam sido utilizadas na preparação do crime.
A nota também menciona a prisão de um suspeito envolvido no suposto financiamento. Nas primeiras 24 horas após o ataque, ocorrido na sexta-feira passada (22), onze pessoas foram presas, sendo que oito delas, incluindo os quatro atiradores, estão sob prisão preventiva. Sete suspeitos são do Tajiquistão e um é do Quirguistão.
Os executores do ataque
Após o atentando terrorista, a primeira acusação do ditador foi que os executores do ataque estavam fugindo em direção ao país de Volodymyr Zelensky. Informações revelam que os quatro indivíduos acusados são originários do Tadjiquistão, uma nação que outrora fez parte da União Soviética.
Eles entraram em território russo fazendo uso de vistos temporários, alguns dos quais já haviam expirado. Durante o processo legal, três dos suspeitos admitiram culpabilidade perante todas as acusações impostas, de acordo com o que reporta a agência de notícias estatal russa,TASS.
Rússia tenta empurrar ataque em Moscou para o Ocidente
Nesta semana, o diretor da agência de segurança da Rússia, Alexander Bortnikov, alegou que a Ucrânia, juntamente com os Estados Unidos e o Reino Unido, estiveram envolvidos no ataque.
Bortnikov, afirmou em uma entrevista televisiva: “Acreditamos que a ação foi preparada pelos próprios radicais islâmicos e facilitada pelos serviços especiais ocidentais“.
Ele ainda acrescentou que os serviços especiais ucranianos estão diretamente relacionados ao ocorrido, afirmando que Kiev ajudou a treinar os radicais islâmicos em uma localização não identificada no Oriente Médio.
Quando questionado por repórteres russos se a Ucrânia e seus aliados, Estados Unidos e Grã-Bretanha, estavam envolvidos no ataque à casa de shows, Bortnikov respondeu: “Achamos que é esse o caso. Em qualquer caso, estamos agora falando sobre a textura que nós temos. Esta é uma informação geral“.
EUA desmentem culpa
Em resposta às acusações precipitadas da Rússia, que apontavam o dedo para o envolvimento ucraniano no ataque, a Casa Branca se pronunciou no dia seguinte, categorizando tais afirmações como “nonsense” e pura propaganda.
John Kirby, porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, reiterou a responsabilidade exclusiva do ISIS no ataque, dissipando as acusações infundadas contra a Ucrânia.
Segundo Kirby, o governo dos Estados Unidos alertaram previamente os serviços de segurança russos sobre a possibilidade de ataques extremistas em Moscou, incluindo um aviso específico enviado em 07 de março às 11h15.
Essa cooperação preventiva destaca o esforço contínuo dos EUA em colaborar com a Rússia contra ameaças terroristas, independente das tensões geopolíticas existentes entre as duas nações.
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