Rússia condena morte de líder do Hezbollah
Ministério das Relações Exteriores russo classificou a eliminação de Hassan Nasrallah como um “assassinato político”
A Rússia condenou neste sábado, 28, a morte do líder número 1 do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no ataque aéreo israelense em Beirute, no Líbano.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores russo classificou a eliminação do líder do grupo terrorista libanês como um “assassinato político”.
“Condenamos veementemente mais um assassinato político cometido por Israel”, diz a nota.
A Rússia, que é aliada do Irã – país que financia o Hezbollah –, acrescentou que Israel tem “total responsabilidade” pelas “consequências dramáticas” da morte de Hassan Nasrallah na região.
“Exortamos Israel a cessar imediatamente as hostilidades” para “pôr fim ao derramamento de sangue”, afirma a chancelaria russa.
Israel em alerta máximo
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), contra-almirante Daniel Hagari, atualizou neste sábado, 28, as diretrizes para a segurança dos israelenses após a morte de Hassan Nasrallah.
Há uma preocupação com a possibilidade de retaliação por parte do Hezbollah ou seus aliados após a morte de Nasrallah no ataque aéreo israelense em Beirute.
Mais cedo, as FDI afirmaram que permaneceriam em “alerta máximo” para uma possível retaliação ou escalada após o ataque de sexta-feira.
O atentado terrorista contra a AMIA
A StandWithUs Brasil, instituição educacional sobre Israel, relembrou do maior atentado terrorista da Argentina, em 1994, dois anos depois de Hassan Nasrallah assumir a liderança do Hezbollah.
“Em 2024, completaram-se 30 anos do ataque terrorista do Hezbollah ao prédio da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 18 de julho de 1994.
É importante lembrarmos que Hassan Nasrallah, eliminado ontem (27) pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) em Beirute, havia assumido a liderança do Hezbollah em 1992, dois anos antes do ataque, sendo um dos responsáveis por ele.
O atentado, que foi executado pelo grupo terrorista libanês e financiado pelo governo do Irã, vitimou 85 pessoas, deixando centenas de feridos. Até hoje, nenhum terrorista havia sido punido.
Ao longo de sua vida, Nasrallah foi culpado pela morte de milhares de pessoas, não apenas no Oriente Médio, mas em todo o mundo, inclusive aqui na América Latina. Isso é algo que jamais deve ser esquecido.
A morte do terrorista chefe do Hezbollah tem um significado importante para Israel e para a comunidade internacional como um todo.”
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