Rei Abdullah da Jordânia ataca Israel em encontro com Biden
Jordaniano fala em "70 anos de ocupação", criticando a própria fundação de Israel
Durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca com o presidente Joe Biden, o rei Abdullah da Jordânia repetiu a narrativa de “sete décadas de ocupação”, atacando a própria legitimidade da existência do Estado de Israel.
A declaração ignora os direitos históricos e a soberania israelense, reconhecidos desde 1948 pela ONU, e lembra a importância dos esforços de Israel para se defender diante de vizinhos hostis. O monarca externou preocupações com as ações israelenses em Jerusalém e o aumento dos assentamentos, argumentando que isso poderia provocar caos na região.
Biden reconheceu o papel da Jordânia como guardiã dos locais sagrados em Jerusalém, que permite apenas a oração muçulmana no Monte do Templo. A rainha jordaniana Rania Al Abdullah, de origem palestina, já apelou por um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas, o que, no momento, só interessa ao grupo terrorista que mantém mais de 100 reféns israelense em seu poder.
O rei Abdullah também pediu um cessar-fogo permanente em Gaza. A suspensão da ajuda dos EUA à UNRWA, decidida após a revelação do envolvimento da agência com o Hamas, foi criticada pelo monarca jordaniano.
Após a criação do Estado de Israel, em 1948, a Jordânia, juntamente com outros países árabes, começou a guerra árabe-israelense, resultando na anexação da Cisjordânia e Jerusalém Oriental pela Jordânia. Esta ocupação jordaniana durou até 1967, quando Israel capturou estes territórios durante a Guerra dos Seis Dias.
Um marco nas relações entre os dois países foi alcançado em 26 de outubro de 1994, quando Israel e Jordânia assinaram o Tratado de Paz de Wadi Araba, encerrando oficialmente 46 anos de estado de guerra. O tratado normalizou as relações diplomáticas, resolveu disputas territoriais e abordou questões de segurança e cooperação econômica.
Desde então, apesar de tensões ocasionais, especialmente em relação à gestão dos locais sagrados em Jerusalém, Israel e Jordânia têm mantido uma parceria estratégica, colaborando em áreas como segurança, gestão de recursos hídricos e turismo.
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