Quem acredita em Nicolás Maduro?
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira (foto), afirmou acreditar nas palavras do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro...
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira (foto), afirmou acreditar nas palavras do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, sobre a suposta realização de eleições limpas no país em 2024.
“Estamos trabalhando com esse objetivo”, respondeu o chanceler brasileiro a pergunta sobre a promessa de Maduro sobre eleições limpas, em entrevista ao Metrópoles publicada nesta terça-feira, 26 de dezembro.
Até o momento, Maduro não apresentou nenhuma proposta concreta para tornar mais transparente o pleito, a ser realizado no segundo semestre.
“Pela legislação venezuelana, elas devem ser fixadas, e a data, formalmente anunciada seis meses antes. Estamos trabalhando com esse objetivo”, afirmou Mauro Vieira.
“Houve um grande acordo entre o governo e a oposição, que foi assinado em Barbados há dois ou três meses. Tudo está caminhando bem”, acrescentou.
Sobre o acordo assinado em Barbados, no Caribe, o ministro se refere a documento assinado pelo regime de Maduro e pela oposição sob mediação dos Estados Unidos em outubro.
O acordo aliviou sanções americanas à ditadura, mas não estabeleceu garantias para o cumprimento de eleições limpas em 2024.
Mauro Vieira também comentou a reunião entre Maduro e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, em 14 de dezembro em São Vicente e Granadinas sobre a disputa territorial em Essequibo.
Novamente, o chanceler brasileiro demonstrou otimismo e ingenuidade em relação às intenções do ditador venezuelano.
“Foi um passo importantíssimo, porque é o início de um diálogo. Deve haver outras, em princípio há uma outra reunião já marcada, isso vai um pouco encontrando soluções para a questão bilateral”, disse Mauro Vieira.
“Tivemos uma conversa rápida, mas muito cordial, em que ele disse também que a relação da Argentina com o Brasil é muito importante, fundamental, e que ele quer manter essa relação no mais alto nível, com todo o entendimento e transparência dos dois lados, porque é indispensável para a Argentina e para o Brasil termos um bom relacionamento”, disse o chanceler brasileiro.
Questionado sobre o primeiro encontro presencial entre Lula e Milei, Mauro Vieira falou apenas que: “eles se encontrarão se ambos forem à cúpula do Mercosul no fim de junho, em Assunção, que agora a presidência está com o Paraguai. Pode ser antes, depende, encontros de chefes de Estado são sempre negociados e acertados com antecedência, nunca é uma coisa ocasional”.
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