Quase 50 mil morreram na Europa por onda de calor
Mais de 47 mil mortes na Europa em 2023 atribuídas a ondas de calor recordes. Países do sul da Europa são os mais afetados, com consequências sérias para a saúde.
Em 2023, mais de 47 mil pessoas perderam a vida na Europa em consequência das altas temperaturas, segundo um relatório divulgado pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) na última segunda-feira (12). Países do sul do continente foram os mais afetados, reforçando a importância de entender e combater os efeitos das mudanças climáticas.
O ano de 2023 foi o mais quente já registrado no mundo, intensificando os riscos à saúde dos europeus, que vivem no continente com o aquecimento mais rápido globalmente. À medida que as alterações climáticas continuam a elevar as temperaturas, os desafios de saúde pública se tornam cada vez mais urgentes.
Alto Impacto das Altas Temperaturas na Saúde Europeia
As temperaturas elevadas têm causado um aumento significativo na taxa de mortalidade, especialmente em países do sul da Europa como a Grécia, Bulgária, Itália e Espanha. De acordo com os pesquisadores do ISGlobal, essa situação tem ocasionado um crescimento alarmante de óbitos relacionados ao calor intenso.
Os resultados do estudo indicam a existência de processos de adaptação social às altas temperaturas ao longo deste século, que reduziram significativamente a vulnerabilidade e a carga de mortalidade durante os verões recentes, particularmente entre os idosos. No entanto, os números ainda são preocupantes e exigem ações mais eficazes para mitigar os impactos climáticos.
Quais São os Países Mais Afetados?
O relatório do ISGlobal destaca que os países com as maiores taxas de mortalidade relacionadas ao calor são:
- Grécia
- Bulgária
- Itália
- Espanha
Esses países registraram os maiores índices de óbitos proporcionais à população, demonstrando a gravidade da situação nessas regiões. As autoridades desses locais têm intensificado os esforços para implementar medidas preventivas e reduzir o impacto das altas temperaturas.
Como a Europa Está Respondendo às Mudanças Climáticas?
Os pesquisadores do ISGlobal utilizam registros de mortes e temperaturas de 35 países europeus para entender melhor o impacto do calor extremo na mortalidade. Os esforços para adaptar as sociedades às novas condições climáticas incluem:
- Investimentos em infraestrutura de saúde que possam atender melhor às necessidades da população durante ondas de calor.
- Campanhas educacionais para conscientizar a população sobre os riscos do calor excessivo.
- Criando sistemas de alerta precoce para ondas de calor, permitindo que as pessoas tomem precauções antes que a temperatura atinja níveis perigosos.
- Proporcionar acesso a espaços refrigerados onde a população, especialmente os idosos, possam se refugiar do calor.
Essas ações são cruciais para minimizar os efeitos adversos das ondas de calor e proteger a vida dos europeus.
Elisa Gallo, pesquisadora líder do estudo, afirma que, embora tenham ocorrido avanços na adaptação social às altas temperaturas, a vulnerabilidade ainda é um tema crítico que precisa ser abordado com mais urgência. A necessidade de políticas públicas eficazes e a conscientização da população são passos indispensáveis para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
O Futuro do Clima na Europa
Com 2023 sendo o ano mais quente já registrado, o futuro climático da Europa apresenta perspectivas desafiadoras. As previsões indicam que as temperaturas continuarão a subir, aumentando a frequência e a intensidade das ondas de calor.
A Europa, sendo o continente que aquece mais rapidamente, deve intensificar seus esforços para desenvolver estratégias de adaptação a longo prazo. Tanto a mitigação quanto a adaptação são componentes essenciais para garantir a segurança e a saúde da população, especialmente os mais vulneráveis, como os idosos e aqueles com condições médicas preexistentes.
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