Protestos de agricultores contra a UE se espalham pela Europa
Agricultores de toda a Europa estão protestando contra as políticas ambientais da UE, que, de acordo com eles, limitam a competição justa e aumentam os custos
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Nesta terça-feira, dezenas de agricultores de várias regiões da Europa, incluindo Holanda, Bélgica, Polônia e Alemanha, dirigiram-se a Bruxelas, capital da União Europeia, com seus tratores em uma manifestação contra as controvérsias que acometem as políticas ambientais impostas pela UE. Este ato, marcado por uma expressiva presença de vehicleículos agrícolas, lançou luz sobre as dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais europeus.
A aproximação do período de eleições para o Parlamento Europeu, agendadas de 6 a 9 de junho, parece ter intensificado as expressões de descontentamento desses trabalhadores do campo. Segundo eles, as regulamentações ambientais atuais limitam severamente a competição justa, alavancando custos de produção e diminuindo a viabilidade de seus produtos diante de importações menos onerosas.
O que os agricultores reivindicam em relação ao Acordo Verde da UE?
Um dos pontos centrais do protesto é a crítica ao Acordo Verde Europeu, que segundo os manifestantes, impõe restrições desproporcionais à agricultura. “Viemos da Polônia porque acreditamos que a raiz do nosso problema está na regulamentação de Bruxelas. Desejamos uma mudança profunda”, afirmou Damian Murawiec, um dos agricultores presentes.
Reação dos Grandes Sindicatos Agrícolas
No entanto, a mobilização foi marcada pela discordância entre os participantes e os grandes sindicatos agrícolas do continente. Enquanto os manifestantes clamam por mudanças, grupos como Copa Cogeca e La Via Campesina, que reunem numerosos membros no setor, distanciaram-se do protesto. Conforme relayado por um porta-voz da Via Campesina, eles não apoiam ações que consideram políticas aproveitando-se das dificuldades agrícolas para promover agendas próprias restritas.
Visões Políticas e Suporte ao Protesto
Este evento também atraiu a atenção de partidos de direita e conservadores, como o Vlaams Belang da Bélgica e o grupo Reformistas e Conservadores Europeus. Estes grupos encontraram no protesto uma plataforma para expressar seus pontos de vista sobre o papel da UE e suas políticas. Bart Dickens, líder do grupo Força de Defesa dos Agricultores na Bélgica e um dos organizadores, ecoou esse sentimento: “Queremos que a Europa revise o Acordo Verde, que acreditamos ser irrealista em sua forma atual.”
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