Protestos contra partido de Le Pen em várias cidades na França
O Rassemblement Nacional foi o partido mais votado no 1º turno; vídeos mostram protestos em Paris, Lyon, Rennes e Estrasburgo
Milhares de manifestantes foram às ruas em várias cidades da França neste domingo, 30, para se opor ao partido de Marine Le Pen, o Rassemblement Nacional (RN), que pode chegar ao poder na semana que vem.
No primeiro turno das eleições legislativas, o partido da direita nacionalista e aliados conseguiram cerca de 33% dos votos.
Os manifestantes se reuniram na noite deste domingo na Place de la République, em Paris. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram ainda protestos em Lyon, Rennes e Estrasburgo.
Em Lyon, os manifestantes se reuniram na Place des Terreaux, antes de prosseguirem em marcha pela cidade. Houve confrontos entre os participantes, que montaram barricadas, e a polícia.
Se o Rassemblement Nacional conquistar a vitória após o segundo turno da votação em 7 de julho, a expectativa é de que Jordan Bardella seja nomeado primeiro-ministro.
Em discurso depois das eleições, Bardella prometeu, caso se torne primeiro-ministro, respeitar “as funções do presidente da República”.
“A vitória é possível e a alternância no poder está ao alcance da mão. Pretendo ser o primeiro-ministro de todos os franceses, respeitoso das oposições, aberto ao diálogo.”
Já Macron, grande derrotado deste domingo, emitiu um comunicado após a divulgação das primeiras projeções.
“Diante do RN, a hora é de uma grande aliança claramente democrata e republicana para o segundo turno”, afirmou o atual presidente.
Veredito indiscutível
Após as primeiras projeções, Bardella pediu a mobilização dos eleitores para o segundo turno das legislativas, acrescentando que será uma “das mais determinantes da história” e que os franceses deram este domingo um “veredito indiscutível”.
“Os franceses, três semanas depois das eleições europeias, deram um veredito indiscutível e mostraram claramente que querem uma mudança”, disse o líder do RN em discurso.
Ele afirmou ainda que a coligação de Macron “não poderá ganhar” as legislativas e que a França tem agora apenas dois caminhos:
“De um lado, a aliança do pior, a Nova Frente Popular, unidos atrás do Jean-Luc Mélenchon, que levaria o país à desordem, à insurreição e à ruína. Do outro, o Rassemblement Nacional.”
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