Promotor que liderou investigações sobre Trump renuncia
Jack Smith comandava investigações sobre tentativas de Trump de reverter derrota em 2020 e sobre manuseio indevido de documentos confidenciais
O promotor especial Jack Smith, responsável por investigar Donald Trump em dois casos federais, renunciou ao cargo poucos dias antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos. A saída foi confirmada em documentos judiciais apresentados neste sábado, 11.
Smith comandava as investigações sobre os esforços de Trump para reverter sua derrota na eleição de 2020 e sobre o manuseio indevido de documentos confidenciais levados pelo republicano para sua mansão na Flórida após deixar a Casa Branca.
Em novembro, após a vitória de Trump nas urnas, Smith desistiu de ambos os processos, citando a política do Departamento de Justiça que impede ações judiciais contra presidentes em exercício.
A renúncia foi mencionada em uma nota de rodapé enviada à juíza federal Aileen Cannon, que preside o caso envolvendo documentos confidenciais.
No texto, o Departamento de Justiça afirmou que Smith concluiu seu trabalho em 7 de janeiro e deixou formalmente o cargo três dias depois.
A saída do promotor era esperada e marca um desfecho para as investigações que poderiam resultar em implicações legais para Trump, mas que acabaram sendo abandonadas após sua eleição.
A decisão também reflete a pressão sobre o Departamento de Justiça para divulgar trechos do relatório final de Smith antes que Trump assuma o cargo em 20 de janeiro.
Enquanto isso, o Departamento de Justiça tenta reverter a ordem da juíza Cannon que impede a divulgação de partes do relatório. A medida também bloqueia o compartilhamento do documento com líderes dos comitês judiciários do Congresso.
Em um pedido ao tribunal de apelações, o Departamento classificou a ordem de Cannon como “claramente errônea” e argumentou que o procurador-geral tem autoridade para decidir sobre a divulgação do relatório.
“Sequestro político”
Em publicação no X, em novembro, Donald Trump afirmou que o Partido Democrata gastou valor milionário “na luta contra seu oponente político”:
Esses casos, como todos os outros casos pelos quais fui forçado a passar, são vazios e sem lei, e nunca deveriam ter sido levados.
Mais de US$ 100 milhões de dólares dos contribuintes foram desperdiçados na luta do Partido Democrata contra seu oponente político, EU.
Nada parecido com isso já aconteceu em nosso país antes. Eles também usaram promotores estaduais e promotores distritais, como Fani Willis e seu amante, Nathan Wade (que não tinha absolutamente nenhuma experiência em casos como esse, mas recebia MILHÕES, o suficiente para fazer inúmeras viagens e cruzeiros ao redor do mundo!), Letitia James, que de forma inadequada, antiética e provavelmente ilegal, fez campanha em “GETTING TRUMP” para ganhar um cargo político, e Alvin Bragg, que nunca quis levar esse caso contra mim, mas foi forçado a fazê-lo pelo Departamento de Justiça e pelo Partido Democrata.Foi um sequestro político e um ponto baixo na história do nosso país que tal coisa pudesse ter acontecido, e ainda assim, eu perseverei, contra todas as probabilidades, e GANHEI. FAÇA A AMÉRICA GRANDE NOVAMENTE!”
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