Presidente muçulmana de Columbia renuncia após crise sobre antissemitismo
Minouche Shafik, pressionada por falhar em proteger estudantes judeus durante protestos, deixa a liderança da universidade
Minouche Shafik, a primeira mulher e muçulmana a presidir a Universidade Columbia, renunciou após duras críticas por sua gestão de protestos pró-Hamas que abalaram o campus.
Sob sua liderança, manifestantes ocuparam um prédio universitário, forçando a intervenção da polícia. Shafik foi acusada de negligenciar a segurança dos estudantes judeus e de não agir com firmeza contra o antissemitismo. Sua saída reflete a crescente insatisfação entre doadores e acadêmicos, além da pressão política para combater o ódio antissemita nas universidades.
Republicanos, como a deputada Elise Stefanik, criticaram Shafik por “negociar com extremistas pró-Hamas” e afirmaram que sua renúncia “já estava atrasada”. Agora, ela enfrenta críticas adicionais por aceitar uma posição no governo britânico de Keir Starmer.
Antissemitismo nas universidades americanas
A crise em Columbia não é um caso isolado. Reitoras de Harvard, Penn e MIT também enfrentam críticas após uma audiência desastrosa no Congresso dos EUA, onde se recusaram a classificar pedidos de genocídio contra judeus como “assédio”. A resposta evasiva das reitoras gerou indignação, com líderes políticos e especialistas condenando o que foi visto como uma falha em proteger estudantes judeus.
As reitoras enfrentam um desastre de relações públicas que abalou a reputação de suas instituições. Até o governador democrata da Pensilvânia, Josh Shapiro, criticou a postura da reitora da Penn, Elizabeth Magill, classificando sua resposta como “inaceitável”.
O incidente revela um padrão preocupante de relativização do discurso de ódio contra judeus nas universidades, levantando questões sobre a segurança e o respeito aos direitos de estudantes judeus em instituições de elite nos Estados Unidos.
O conceito de “antissemitismo institucional”, cunhado pelo psicólogo Jonathan Haidt, viralizou nas redes sociais após a audiência, destacando o duplo padrão das universidades ao punirem com rigor microagressões, mas falharem em condenar o ódio explícito contra judeus.
Haidt criticou a relutância das reitoras em tomar uma posição firme, acusando-as de perpetuar um ambiente hostil para estudantes judeus enquanto mantêm um aparato burocrático para policiar discursos “politicamente incorretos” em outros contextos.
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