Presidente da Coreia do Sul ignora intimação de promotores
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol (foto), não atendeu a uma intimação de promotores neste domingo, 15, no âmbito de uma investigação sobre o decreto de lei marcial fracassado. Ele e outros membros do governo enfrentam acusações de insurreição, abuso de autoridade e obstrução de direitos. Yoon foi convocado a depor às...
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol (foto), não atendeu a uma intimação de promotores neste domingo, 15, no âmbito de uma investigação sobre o decreto de lei marcial fracassado. Ele e outros membros do governo enfrentam acusações de insurreição, abuso de autoridade e obstrução de direitos.
Yoon foi convocado a depor às 10h deste domingo, mas não compareceu. No mesmo dia, promotores cumpriram mandados de prisão contra altos oficiais militares, incluindo o chefe do Comando de Guerra Especial do Exército e o chefe do Comando de Defesa de Seul.
Uma nova intimação deve ser emitida nesta segunda-feira, 16, segundo a agência Reuters.
A crise ganhou novo capítulo no sábado, quando parlamentares sul-coreanos aprovaram o impeachment de Yoon . O afastamento foi validado por 204 votos a favor e 85 contra, superando o mínimo de 200 votos necessários no Parlamento de 300 assentos. Três deputados se abstiveram, e oito votos foram anulados.
O Tribunal Constitucional tem até 180 dias para decidir se o impeachment será validado, o que levaria à convocação de novas eleições presidenciais.
Crise política e lei marcial
A crise política no país se intensificou desde que Yoon, inesperadamente, declarou a lei marcial. O dispositivo, que substitui a legislação civil por normas militares, incluía o fechamento do Parlamento e controle sobre a imprensa. A decisão foi rapidamente revogada em apenas seis horas devido à pressão exercida pelo Parlamento e pela população.
Após os incidentes envolvendo a lei marcial, Yoon pediu desculpas à nação pelo decreto controverso e justificou sua ação como um ato de desespero frente à resistência parlamentar às suas iniciativas. Ainda assim, ele não renunciou ao cargo.
Os eventos provocaram manifestações massivas em Seul contra o governo de Yoon Suk Yeol. Milhares protestaram diante do Parlamento exigindo sua saída.
A oposição, liderada pelo Partido Democrático, articulou a segunda moção de impeachment após o fracasso da primeira tentativa, no sábado anterior, quando governistas boicotaram a votação.
Após o impeachment, Yoon afirmou que “não desistirá” e lamentou o fracasso de seus esforços. O primeiro-ministro Han Duck-soo assumiu interinamente a presidência, conforme determina a Constituição.
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