O presidente da Polônia, Andrzej Duda (foto), declarou, nesta segunda-feira, 22, que o país está pronto para abrigar armas nucleares em seu território. Essa decisão vem à tona após a Rússia posicionar armas em Kaliningrado e em Belarus, levando a Otan a considerar um reforço em sua posição.

Duda enfatizou a importância dessa medida, destacando sua seriedade e a necessidade de analisar todas as circunstâncias que levaram a essa declaração. Ele afirmou que há algum tempo vem discutindo essa possibilidade com os Estados Unidos.

O que diz a Rússia

Em resposta, o Kremlin alertou que adotará “as medidas necessárias” caso haja uma instalação de armas nucleares dos EUA na Polônia. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ressaltou que a segurança da Rússia será garantida e que serão tomadas todas as medidas retaliatórias necessárias.

Os Estados Unidos já possuem instalações nucleares em alguns países aliados, como Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia. Nesses locais, as armas são implantadas e armazenadas sob controle absoluto dos Estados Unidos.

O presidente polonês recentemente visitou os Estados Unidos, onde se reuniu com o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump. Atualmente, ele encontra-se no Canadá.

Duda ressaltou que a área de Kaliningrado está sendo cada vez mais militarizada pela Rússia e que armas nucleares estão sendo enviadas para Belarus, dois territórios que fazem fronteira com a Polônia, país membro da Otan, disse reportagem do Estadão.

Poloneses compram casas na Espanha buscando segurança

A crescente instabilidade geopolítica, exacerbada pela guerra na Ucrânia, tem levado muitos poloneses a reconsiderar o local de suas residências, buscando propriedades no sul da Espanha como um seguro contra incertezas futuras. Este fenômeno não se restringe a um desejo por climas mais amenos, mas reflete um movimento estratégico por segurança pessoal e patrimonial.

Para muitos, adquirir uma propriedade na Espanha vai além de um simples investimento imobiliário. Reflete o desejo de garantir um refúgio para si e suas famílias em tempos de incerteza.

Alguns agem motivados pelo medo de conscrição militar ou pelas repercussões de um conflito ampliado, procurando propriedades que podem ser ocupadas rapidamente se necessário. Outros veem essa compra como uma medida preventiva, buscando segurança e tranquilidade diante das tensões crescentes na Europa Oriental.