Partido de Benny Gantz, rival de Netanyahu, pede eleições antecipadas
"A dissolução do governo de unidade é uma recompensa para [o líder do Hamas, Yahya] Sinwar", rebateu o partido do premiê israelense
A pedido de Benny Gantz (foto), integrante do Gabinete de guerra israelense e rival do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o partido Unidade Nacional afirmou nesta quinta-feira, 30, ter apresentado um projeto de lei para dissolver o Knesset, como é chamado o Parlamento de Israel, e realizar eleições antecipadas.
“A chefe do Partido da União Nacional, Pnina Tamano-Shata, apresentou um projeto de lei para dissolver o 25º Knesset. Isso segue o pedido do líder do partido, o ministro Benny Gantz, para avançar em um amplo acordo para uma eleição antes de outubro, um ano após o massacre”, disse o partido em um comunicado.
“O 7 de Outubro é um desastre que exige que recuemos e recebamos a confiança do povo, para estabelecer um governo de unidade amplo e estável que possa nos liderar com segurança face aos enormes desafios na segurança, na economia e, acima de tudo, na sociedade israelense”, acrescentou.
“Apresentar o projeto agora nos permitirá trazê-lo à tona na atual sessão legislativa”, completou.
O partido de Netanyahu reage
A iniciativa foi fortemente criticada pelo Likud, partido de Netanyahu.
“No meio de uma guerra, Israel precisa de unidade, não de divisão. A dissolução do governo de unidade é uma recompensa para [o líder do Hamas, Yahya] Sinwar, uma rendição às pressões internacionais e um golpe fatal nos esforços para libertar os nossos raptados”, afirmou o partido em comunicado.
A tréplica da Unidade Nacional
Em resposta às críticas feitas pelo Likud, a Unidade Nacional afirmou que foi o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, “que repetidamente escolhe o interesse pessoal em detrimento do interesse nacional”, o responsável pelo desmantelamento do governo de Israel.
“Netanyahu, não é tarde demais para recobrar o juízo. Ou ‘juntos venceremos’, ou você continuará sozinho com o método ‘dividir e conquistar’”, acrescentou a legenda, referindo-se a um slogan de tempo de guerra promovido pelo governo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)