Parlamento alemão aprova restrição de políticas migratórias
Dos votos favoráveis à proposta, 187 vieram da CDU/CSU, 75 da AfD e 80 da FDP, além de 6 votos de parlamentares sem partido
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O Bundestag (Parlamento da Alemanha) aprovou nessa quarta-feira, 29 de janeiro, um pedido da oposição, liderado pela CDU/CSU, que propõe uma significativa restrição na política de asilo do país.
A votação contou com a participação dos deputados da AfD, resultando em 348 votos a favor e 345 contra, além de 10 abstenções, conforme anunciado pela vice-presidente do Bundestag, Katrin Göring-Eckardt.
No plenário, a deputada Monika Grütters, uma dissidente da CDU compartilhou suas razões para não apoiar a proposta. “É evidente que não suporto essa proximidade com a AfD. Para mim, uma linha vermelha foi ultrapassada”, afirmou Grütters.
AfD celebra a decisão como vitória democrática
Alice Weidel, candidata a chanceler pela AfD, comemorou o resultado da votação como um “grande dia para a democracia”.
Ela ressaltou que a aprovação demonstra que existem maiorias cidadãs capazes de aprovar propostas sensatas e instou a União a reconsiderar sua relação com a AfD.
O deputado Bernd Baumann (AfD) descreveu o momento como histórico e sinalizou o início de uma nova era na política alemã. Ele afirmou que esta votação representa o fim da dominação vermelho-verde no país.
Segundo informações da administração do Bundestag, dos votos favoráveis à proposta, 187 vieram da CDU/CSU, 75 da AfD e 80 da FDP, além de 6 votos de parlamentares sem partido.
Protestos em Berlim
Em frente à sede do CDU em Berlim, centenas de manifestantes se reuniram para protestar contra a aliança entre União e AfD em apoio à restrição das políticas migratórias.
O evento contou com o apoio de organizações como Amnesty International e Seebrücke.
O presidente do grupo parlamentar do SPD fez declarações contundentes sobre o ocorrido. Mützenich advertiu que este dia ficaria marcado na história.
A deputada Heidi Reichinnek (Die Linke) convocou os cidadãos a se mobilizarem contra o que considera uma ameaça à democracia e pediu para que todos comparecessem às urnas nas próximas eleições.
A líder dos Verdes criticou duramente os resultados como um “dia histórico no sentido negativo”. Ela acusou Merz de ser responsável pela busca por maiorias fora do centro democrático.
Frederich Merz, líder do CDU, se dirigiu aos colegas destacando sua preocupação com as alianças formadas no parlamento. Ele enfatizou seu desejo de buscar apoio dentro da democrata média e lamentou os resultados da votação atual.
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