Para Maduro, oposição é o “terror”
Ditador se referiu ao episódio de dois homens que foram presos na segunda, 25, em Caracas, no ato da inscrição da candidatura à "reeleição"
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, levou ao plano da retórica a sua perseguição à oposição democrática nesta terça-feira, 26 de março, ao chamar o partido da líder opositora María Corina Machado de “terrorista”.
“Estão me perseguindo para tentar atentar contra minha vida, como foi demonstrado ontem com a captura dos indivíduos do movimento terrorista chamado Vem Venezuela”, disse Maduro em transmissão estatal na ter.
O ditador se referiu ao episódio de dois homens que foram presos na segunda-feira, 25, em Caracas, no ato da inscrição da candidatura à “reeleição presidencial”. A votação, que deverá ser fraudada, está marcada para o final de julho.
Segundo o regime, os dois homens estariam armados e foram acusados de tentativa de homicídio contra o ditador.
O que Maduro teme?
De fato, a oposição assusta Maduro. O regime tornou inelegível a María Corina em janeiro, em um julgamento marcado por irregularidades.
E, depois, na terça, o sistema do órgão eleitoral da Venezuela, aparelhado pelo chavismo, não permitiu a candidatura da indicada de María Corina, a professora de filosofia Corina Yoris. O regime não explicou oficialmente o motivo do impedimento da candidatura da acadêmica.
“Do que Maduro tem medo? Maduro teme a vontade avassaladora do país que quer a mudança, de viver em paz”, afirmou María Corina em pronunciamento em 17 de março.
Segundo um levantamento da consultoria Datanálisis de fevereiro, 35% dos venezuelanos que pretendem votar em julho preferiam a oposição, contra 15% ao chavismo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)