Países árabes rejeitam proposta de Trump sobre palestinos
Ministros de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Qatar reuniram-se neste sábado

Autoridades de países árabes, reunidas neste sábado, 1º, em Cairo, rejeitaram a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de transferir os palestinos de Gaza para o Egito e a Jordânia.
Em comunicado conjunto, após reunião na capital egípcia, ministros de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Qatar, além, da Autoridade Palestina e da Liga Árabe, refutaram a ideia de retirar os palestinos dos territórios de Gaza e da Cisjordânia.
Segundo eles, os planos “ameaçam a estabilidade na região, podem ampliar o conflito e prejudicam as perspectivas de paz e convivência entre os povos”.
As nações árabes se opuseram à “expulsão e demolição de casas, anexação de terras, retirada de proprietários ou qualquer tentativa de desenraizar os palestinos, sob qualquer justificativa”.
Também pediram à comunidade internacional que se empenhe na “reconstrução integral da Faixa de Gaza o mais rápido possível”, para garantir que os palestinos permaneçam no território.
A proposta de Trump
Na semana passada, Trump sugeriu realocar os habitantes da Faixa de Gaza para a Jordânia e o Egito, com o objetivo de “limpar” o território palestino.
Segundo Trump, a Jordânia e o Egito poderiam receber refugiados palestinos. Ele disse que a medida poderia ser temporária ou permanente.
“Estamos falando de, provavelmente, um milhão e meio de pessoas, e simplesmente limpamos tudo e dizemos: ‘Acabou’”, afirmou o presidente durante entrevista no avião presidencial.
O presidente dos Estados Unidos comparou Gaza a um “campo de demolição”. O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, apoiou a sugestão, chamando-a de “excelente ideia”.
Trump mencionou ter discutido a proposta com o rei Abdullah II da Jordânia e indicou que conversaria com o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sissi.
Até o ano passado, os Estados Unidos, sob o governo Joe Biden, eram contra o deslocamento forçado de palestinos e defendiam uma solução de dois Estados para a convivência pacífica com Israel.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
02.02.2025 09:17Os israelenses tiveram uns 15 anos para fazer isso com a Cisjordânia entre a anexação (o primeiro assentamento naquela região foi em 1967) e a implementação dos acordos de Camp David, quando devolveram o Sinai para o Egito. Era só bloquear o acesso da imprensa internacional e a ONU ao território enquanto iam transferindo todos para o Sinai, Nem precisa serem todos, uns 80%.
Fabio B
01.02.2025 13:01Manda para Europa, kkkk