A Otan iniciou nesta quarta-feira, 24, sua maior manobra militar em décadas, chamada de Steadfast Defender 24.

O exercício militar começou com a partida do navio militar americano USS Gunston Hal (foto) de Virgínia, nos Estados Unidos, em direção à Europa.

Desenhada para simular a resposta da aliança de defesa transatlântica ao ataque de um rival, como a Rússia, a manobra militar contará com 90 mil soldados, 50 navios de guerra, 80 aviões e mais de 1.100 veículos de combate na missão.

Essa é o maior exercício da Otan desde 1988, quando o Reforger foi realizado no rescaldo da Guerra Fria.

Segundo o general americano Christopher Cavoli, chefe do Comando da Otan para a Europa, os 31 países da organização participarão da Steadfast Defender 24, assim como a Suécia, que deseja aderir à aliança.

“Será uma demonstração clara da nossa unidade, da nossa força e da nossa determinação de protegermos uns aos outros”, disse o militar.

Ameaça de Putin

Na sexta-feira, 19, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius alertou que Vladimir Putin poderá atacar a aliança militar da OTAN em menos de uma década.

Embora um ataque russo não seja provável “por enquanto”, o ministro disse que “os nossos especialistas acreditam que em um período de cinco a oito anos isso poderá ser possível”.

“Ouvimos ameaças do Kremlin quase todos os dias… por isso temos de ter em conta que Vladimir Putin poderá até atacar um país da OTAN um dia”, acrescentou Pistorius.

Após a invasão em grande escala da Ucrânia pelo Kremlin, a Rússia intensificou a sua retórica agressiva contra alguns dos seus vizinhos – incluindo os países bálticos e a Polônia, que são todos membros da OTAN, e a Moldávia – o que levou os principais responsáveis europeus da defesa a alertar para o risco de um grande conflito.

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