“Os venezuelanos votaram, os resultados são claros”, dizem EUA a Maduro
O Departamento de Estado americano reverenciou "a resiliência" dos venezuelanos que pressionam o ditador a reconhecer sua derrota
O Departamento de Estado dos Estados Unidos, órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores, reverenciou “a coragem e a resiliência” dos venezuelanos que continuam pressionando o ditador Nicolás Maduro a reconhecer sua derrota na votação de 28 de julho.
Em comunicado, realizado um mês após a farsa eleitoral do regime chavista, que ainda não apresentou as atas da eleição, o órgão afirmou que Maduro e seus representantes “adulteraram os resultados daquela eleição, falsamente reivindicaram vitória e realizaram uma ampla repressão visando manter o poder”.
“Apesar dos reiterados apelos de venezuelanos e da comunidade internacional, o Conselho Eleitoral Nacional (CNE), controlado por Maduro, não conseguiu comprovar seus resultados anunciados apresentando atas de apuração originais, como fez após as eleições de 2013 e 2018”, continuou.
Violação “inaceitável” da legislação venezuelana
Segundo o departamento, a recusa contínua do CNE manter os padrões internacionais de transparência ou respeitar a vontade popular expressa nas urnas “constitui uma violação inaceitável da legislação da Venezuela, assim como a tentativa do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), controlado por Maduro, de silenciar as vozes de eleitores venezuelanos, ratificando o anúncio infundado do CNE de uma vitória de Maduro”.
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Maduro intensifica a repressão
A chancelaria americana também disse que em vez de responder às demandas do povo venezuelano por transparência e democracia, Maduro tem “aumentado a repressão por meio de ameaças politicamente direcionadas, detenções injustas e indiscriminadas, e censura” em uma tentativa desesperada de manter o poder através da força, ficando cada vez mais isolado da comunidade internacional.
“Os Estados Unidos reiteram seu apelo por um retorno ao respeito aos direitos humanos e às normas democráticas na Venezuela, a libertação de todos os presos políticos e o fim das prisões arbitrárias e outros atos de repressão contra membros da oposição democrática, da mídia e da sociedade civil. Os venezuelanos votaram, os resultados são claros e sua vontade deve ser respeitada.“
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Comentários (1)
Marian
30.08.2024 16:48Isso está ultrapassado. Ditadura não respeita o resultado das urnas. Ora,