ONU não protegerá Ucrânia de Putin, diz Zelensky
Presidente ucraniano deseja maior participação de aliados europeus para dissuadir Rússia de novas invasões

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta sexta-feira, 21, que uma missão de paz promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) não garantiria a segurança do país de uma “ocupação” ou da “intenção” do ditador Putin invadir novamente o território ucraniano.
“Com todo o respeito, a ONU não nos protegerá da ocupação ou da intenção de Putin de invadir novamente. Não vemos a ONU como uma alternativa a um contingente ou garantias de segurança”, disse em coletiva de imprensa.
Neste contexto, Zelensky defendeu maior participação dos países europeus para dissuadir a Rússia de tentar uma nova invasão.
Na próxima semana, o presidente francês Emmanuel Macron receberá Zelensky e líderes de países europeus para conversar sobre o envio de tropas ao território ucraniano, em busca da concretização um acordo de paz.
“Paz de dia, bombardeio à noite”
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël-Barrot, criticou nesta sexta-feira, 21, os recentes ataques noturnos do “regime russo” contra alvos ucranianos, em meio ao acordo temporário de cessar-fogo voltado para setores de infraestrutura e energia dos países.
“O regime russo afirma querer paz durante o dia, mas continua a bombardear à noite. A Ucrânia já indicou sua prontidão para um cessar-fogo imediato. É a Rússia que recusa e continua sua agressão“, escreveu no X.
Na última noite, a Rússia atacou com mais de duzentos drones as regiões de Odesa, Zaporizhzhia, Sumy, Kiev, Khmelnytskyi e Chernihiv.
Em publicação no X, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que as cidades ficaram “sob fogo” e pediu maior “pressão conjunta” sobre a ditadura de Vladmir Putin.
“É a pressão conjunta sobre a Rússia, juntamente com sanções mais duras e um apoio de defesa mais forte para o nosso país, que abre caminho para acabar com esse tipo de terror e o prolongamento da guerra pela Rússia. Esperamos pressão real sobre a Rússia dos Estados Unidos, Europa e todos os nossos parceiros.
É isso que permitirá que a diplomacia funcione. Agradeço a todos os nossos parceiros que entendem isso e continuam a ajudar a Ucrânia, a cada homem e mulher em nossas Forças de Defesa pela proteção constante de nosso povo e a todos que defendem e salvam os ucranianos do terror”, escreveu.
Putin rejeita cessar-fogo
O ditador russo, Vladimir Putin, concordou na terça-feira, 18, em paralisar por 30 dias os ataques contra os setores de energia e infraestrutura da Ucrânia, após uma ligação de uma hora e meia com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O Kremlin condicionou um cessar-fogo total à interrupção completa da ajuda militar e de inteligência das potências ocidentais a Kiev.
Desde então, Zelensky tem alertado que Putin “rejeitou a proposta de cessar-fogo total” e violou o cessar-fogo parcial horas depois do acordo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)