ONU diz que China violou direitos humanos
ONU pede à China que reforme suas leis, alegando violações dos direitos fundamentais em Xinjiang e Tibete. Descubra mais sobre essa situação preocupante de direitos humanos.
Nessa segunda-feira (4), Volker Turk, chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), fez um apelo à China para que esta implemente as recomendações relativas à alteração de leis que atualmente violam direitos fundamentais. O foco está especialmente nas regiões de Xinjiang e Tibete, onde tais violações são mais reportadas.
Acusações a Pequim
Grupos de defesa dos direitos humanos direcionaram acusações contra Pequim por abusos generalizados. A maior vítima seria os uigures, uma minoria étnica majoritariamente muçulmana. Estima-se que em torno de 10 milhões de pessoas pertençam a este grupo na região ocidental de Xinjiang. Entre os abusos relatados está o uso em massa de trabalho forçado em campos. As autoridades chinesas, no entanto, negam todas as acusações.
Pedido ao governo chinês
No Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, Turk apelou ao governo chinês. “Apelo também ao governo para que implemente as recomendações feitas pelo meu gabinete e por outros órgãos de direitos humanos em relação às leis, políticas e práticas que violam os direitos fundamentais, incluindo nas regiões de Xinjiang e Tibete”, afirmou. A missão diplomática da China em Genebra não se manifestou imediatamente sobre o pedido de comentário.
Tibete sob controle chinês
Em 1950, a China assumiu o controle do Tibete. O governo chiês descreve a ação como uma “libertação pacífica” da servidão feudal. Contudo, entidades internacionais de direitos humanos e exilados condenam o que eles rotulam como um regime opressivo chinês em áreas tibetanas.
Apelo pela libertação de defensores dos direitos humanos
Turk, cujo gabinete está empenhado em “diálogo” com Pequim, também apelou à libertação de defensores dos direitos humanos. Isso inclui advogados e outras pessoas que foram detidas sob a acusação de “provocar brigas e criar problemas”.
Em agosto de 2022, Michelle Bachelet, então Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, divulgou um relatório onde concluiu que a detenção de uigures e outros muçulmanos pela China pode constituir crimes contra a humanidade.
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