Netanyahu fala de “mentiras” sobre bloqueio e de “acidente trágico” em Rafah
Em discurso ao Parlamento, o primeiro-ministro israelense negou que não esteja empenhado em negociar a libertação de reféns mantidos pelo Hamas
Em discurso ao Parlamento de Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu negou nesta segunda-feira, 27, que não esteja empenhado em negociar a libertação dos reféns mantidos pelos terroristas do Hamas na Faixa de Gaza, registrou o portal israelense Times of Israel.
Na tribuna do Knesset, diante de familiares de reféns exigindo um acordo imediato para a libertação dos cativos, o premiê disse que tais acusações não passam de “mentiras”.
“Esses vazamentos mentirosos que repetem a alegação de que somos a barreira [para um acordo] são mentiras que não apenas prejudicam as famílias [dos reféns], mas, muito pior, empurram ainda mais a liberdade [dos reféns] e prejudicam as negociações”, disse Netanyahu.
“Em vez de pressionar [o líder do Hamas em Gaza, Yahya] Sinwar, ela é colocada sobre o governo israelense”, acrescentou.
Israel continuará lutando
Em seu discurso, Netanyahu prometeu continuar lutando até que Israel alcance a vitória.
“Aqueles que dizem que não estão preparados para enfrentar a pressão levantam a bandeira da derrota. Não levantarei essa bandeira, continuarei lutando até que a bandeira da vitória seja hasteada”, afirmou.
Segundo o primeiro-ministro israelense, o país dará uma significativa vitória ao Irã se ceder e aceitar interromper o combate ao terrorismo em Gaza.
“Não pretendo acabar com a guerra antes de todos os objetivos terem sido alcançados. Se cedermos, o massacre retornará. Se cedermos, daremos uma enorme vitória ao terror, ao Irã.”
“Acidente trágico”
Sobre o ataque a altos comandantes do Hamas que desencadeou um incêndio em um acampamento em Rafah, na Faixa de Gaza, Netanyahu afirmou ter sido um “acidente trágico”.
“Apesar dos nossos esforços para não feri-los, houve um acidente trágico. Estamos investigando o incidente”, disse o primeiro-ministro israelense.
“Para nós é uma tragédia, para o Hamas é uma estratégia”, acrescentou.
Sob análise
As forças israelenses afirmaram no X que apuram se houve danos a civis em decorrência do bombardeio em Rafah, como alega o Hamas.
“O ataque foi levado a cabo contra alvos legítimos ao abrigo do direito internacional, através da utilização de munições precisas e com base em informações precisas que indicavam a utilização da área pelo Hamas.
As FDI têm conhecimento de relatos que indicam que, como resultado do ataque e do incêndio que foi desencadeado, vários civis na área foram feridos. O incidente está sob análise.”
Em conferência organizada pela Ordem dos Advogados de Israel, a major-general Yifat Tomer Yerushalmi confirmou a apuração:
“Os detalhes do incidente ainda estão sob investigação, que estamos comprometidos em conduzir em toda a sua extensão. As FDI lamentam qualquer dano aos não-combatentes durante a guerra.”
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