“Neste momento, alguém está sendo violentado num túnel em Gaza”
Durante uma reunião do parlamento israelense nesta terça, 23, Aviva Siegel, ex-refém em Gaza, relata abusos sexuais sistemáticos cometidos por membros do Hamas contra reféns israelenses, incluindo mulheres e homens, agravando acusações de violações dos direitos humanos pela organização.
Durante uma reunião do parlamento israelense nesta terça-feira, 23, Aviva Siegel, ex-refém em Gaza, relatou abusos sexuais sistemáticos cometidos por membros do Hamas contra reféns israelenses, incluindo mulheres e homens, agravando acusações de violações dos direitos humanos pela organização.
A sessão chocante no Knesset, segundo matéria do The Times of Israel, trouxe à luz os horrores enfrentados por reféns israelenses mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza. Siegel, libertada em novembro após um cessar-fogo, descreveu a realidade aterradora: mulheres sendo tratadas como “bonecas sexuais” pelos seus captores e submetidas a abusos contínuos.
Siegel foi sequestrada juntamente com seu marido Keith. Ela detalhou como as mulheres em cativeiro eram forçadas a vestir roupas inadequadas e eram usadas à vontade pelos terroristas. Para ela, as vítimas se tornaram “marionetes” nas mãos de seus abusadores. O relato é um testemunho direto das violações dos direitos humanos e abusos por parte do Hamas.
Tortura
A filha de Aviva, Shir, presente na audiência, enfatizou a gravidade da situação, criticando a ausência de ministros e autoridades do primeiro escalão no local para ouvir os relatos. Ela ressaltou que, enquanto a reunião acontecia, mais abusos acontecem, implorando por ações mais efetivas e urgentes: “Neste exato momento, alguém está sendo violentado num túnel em Gaza.”
Aviva Siegel também revelou ter testemunhado outras formas de tortura, incluindo o abuso de um refém do sexo masculino. Outro caso relatado foi o de Chen Goldstein Almog, libertada com três de seus quatro filhos. Ela revelou que algumas mulheres em Gaza pararam de menstruar, o que poderia ser um mecanismo de defesa do corpo contra possíveis consequências dos estupros.
O Hamas tem utilizado sistematicamente o estupro e a tortura como armas de guerra, práticas condenadas internacionalmente e que caracterizam crimes de guerra. Estima-se que mais de 130 reféns ainda estejam em Gaza.
Políticos israelenses de oposição têm criticado a resposta do governo a esses crimes, destacando a falta de coordenação e apoio às vítimas.
Leia mais:
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)