Navio britânico é alvo de mísseis em ataque rebelde Houthi e tripulação abandona navio
Navio britânico sob ataque rebelde Houthi no Iêmen. Tensões elevadas no Golfo de Aden após ataques severos. Descubra os impactos no comércio marítimo e as respostas da comunidade internacional.
No início desta semana, um navio cargueiro de velas belizeense e registro britânico, chamado Rubymar, foi atingido por dois mísseis lançados pelo grupo rebelde Houthi em águas do Iêmen, levando a tripulação a abandonar o navio, segundo informações de agências de segurança.
Localizado no Golfo de Aden, próximo ao Estreito de Bab El-Mandeb, no momento do ataque, o Rubymar sofreu danos “catastróficos” de acordo com um porta-voz militar Houthi, que também alertou para o risco iminente de naufrágio do navio. O Reino Unido classificou o ataque ao navio como “imprudente” e informou que estão a caminho embarcações navais aliadas para prestar assistência.
Resposta de forças aliadas
A título de resposta aos ataques, forças militares dos EUA e do Reino Unido iniciaram ataques aéreos contra alvos militares em todo o oeste do Iêmen, sob controle dos Houthis. O grupo rebelde, apoiado pelo Irã, tem lançado diversas ações armadas contra navios mercantes e militares ocidentais no Mar Vermelho e Golfo de Aden, desde meados de novembro, em apoio aos Palestinos em meio ao conflito armado com Israel na Faixa de Gaza.
Impacto nos negócios marítimos
Os constantes ataques têm levado várias empresas de navegação a evitar a rota pelo Mar Vermelho, responsável por cerca de 12% do comércio marítimo mundial. Em consequência do ataque ao Rubymar, o UK Maritime Trade Operations (UKMTO) recebeu um relato de um incidente envolvendo uma embarcação não identificada a cerca de 35 milhas náuticas ao sul do porto iemenita de Moca, no Mar Vermelho.
Conforme relato do mestre de navio, ocorreu uma explosão próxima ao navio, resultando em danos. A tripulação foi forçada a abandonar a embarcação.
Um avanço preocupante em táticas de ataque
Segundo o correspondente de segurança da BBC, Frank Gardner, a descoberta de que os houthis estão utilizando tanto USVs (veículos de superfície não tripulados) quanto UUVs (veículos submarinos não tripulados) representa um desenvolvimento preocupante. O conceito de um “ataque em enxame” – o lançamento simultâneo de vários mísseis e drones relativamente baratos contra um inimigo na esperança de confundir e sobrecarregar suas defesas – é uma tática tirada diretamente do livro de estratégias da marinha da Guarda Revolucionária do Irã.
À medida que os ataques dos houthis à navegação no Mar Vermelho e no Golfo de Aden adjacente não mostram sinais de cessar, a perspectiva de um ataque semelhante dirigido a um navio de guerra britânico ou americano é uma ameaça sempre presente para as tripulações que servem naquela região.
Reação da União Europeia
Em meio aos recentes eventos, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia se reuniram em Bruxelas para aprovar uma missão com o objetivo de ajudar a proteger a navegação internacional no Mar Vermelho. A operação, que contará com a participação de quatro navios da França, Alemanha, Itália e Bélgica, deve iniciar suas operações nas próximas semanas.
Os recentes ataques são um dos mais danosos já realizados pelos houthis e evidenciam que os esforços ocidentais para dissuadir o grupo ainda não obtiveram sucesso.
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