“Não há nenhuma comparação histórica com essa guerra”
Especialista em guerra urbana alerta que o conflito atual em Gaza é incomparável historicamente.
A guerra de Israel contra o Hamas em Gaza tem gerado diversas comparações com conflitos passados e atuais. Para John Spencer, chefe do departamento de estudos de guerra urbana no Instituto de Guerra Moderna de West Point e co-diretor do Projeto de Guerra Urbana, argumenta que todas as analogias são enganosas.
Em um artigo publicado pela revista Newsweek, Spencer destaca a singularidade do confronto atual, afirmando que “não há nenhuma comparação histórica com essa guerra”. Após ataques do Hamas que resultaram em mais de 1.200 mortes israelenses em 7 de outubro, Israel declarou uma guerra em resposta, seguindo as leis de conflito armado internacionais.
Spencer aponta que, apesar dos desafios, Israel tem tomado medidas abrangentes para evitar baixas civis, em um cenário onde o Hamas utiliza civis como escudos humanos. O especialista sublinha a complexidade do conflito, onde Israel enfrenta mais de 30.000 terroristas do Hamas em áreas densamente povoadas, equipadas com uma extensa rede de túneis.
“Sinistra e medieval”
A estratégia de guerra do Hamas, segundo Spencer, é “mais sinistra e medieval”, buscando a morte de civis palestinos para ganhar apoio internacional. Em contraste, os objetivos de Israel são mais tradicionais: resgatar reféns, desmantelar a capacidade militar do Hamas e proteger suas fronteiras.
Spencer critica comparações feitas com outros conflitos, como a Batalha de Mariupol em 2022 ou a guerra na Síria, destacando as diferenças significativas em contexto e táticas. Ele menciona a Batalha de Manila em 1945 como um dos poucos conflitos com semelhanças, mas enfatiza que a guerra em Gaza é “simplesmente sem precedentes”.
A experiência de 25 anos como soldado de infantaria e o trabalho acadêmico de Spencer fornecem uma perspectiva profunda sobre os desafios enfrentados por Israel neste conflito sem paralelos.
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