Musk acusado sem provas de contato frequente com Putin desde 2022 Musk acusado sem provas de contato frequente com Putin desde 2022
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Musk acusado sem provas de contato frequente com Putin desde 2022

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Alexandre Borges
4 minutos de leitura 25.10.2024 11:21 comentários
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Musk acusado sem provas de contato frequente com Putin desde 2022

Bilionário teria discutido temas estratégicos com o presidente russo, afirmaram supostas fontes do The Wall Street Journal

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Alexandre Borges
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Musk acusado sem provas de contato frequente com Putin desde 2022
Reprodução/X

Elon Musk mantém diálogo frequente com o presidente russo Vladimir Putin desde 2022, segundo o Wall Street Journal. Relação desperta alertas sobre segurança nacional dos EUA.

O bilionário tem publicado Putin publicamente. Em março de 2022, o empresário desafiou Putin para um “duelo” pelo controle da Ucrânia, marcando o Kremlin em seu perfil no Twitter. “Desafio Vladimir Putin para um combate individual. A aposta é a Ucrânia”, publicou Musk, atraindo mais de 47 mil compartilhamentos e gerando ampla repercussão na época. No mesmo período, a SpaceX ativou seu serviço Starlink na Ucrânia para garantir o acesso do país à internet, essencial para as comunicações diante dos ataques russos.

O bilionário Elon Musk, principal acionista da SpaceX e figura central em contratos espaciais dos Estados Unidos, estaria em contato frequente com o presidente russo, Vladimir Putin, desde o final de 2022. As conversas confidenciais entre Musk e Putin foram reveladas por fontes governamentais não identificadas americanas e europeias ao Wall Street Journal, nesta quinta-feira, 24.

O teor dos diálogos incluiria temas pessoais e de negócios, além de discussões sobre tensões geopolíticas sensíveis para os Estados Unidos, ainda segundo o jornal, que não apresentou provas das alegações bombásticas às vésperas das eleições presidenciais.

Autoridades envolvidas no governo Biden manifestaram preocupações quanto ao envolvimento de Musk em questões estratégicas com Putin, dado o papel do presidente russo como um dos principais antagonistas dos EUA.

Como a SpaceX, de Musk, tem contratos bilionários com a NASA, as acusações podem também configurar uma ameaça ao empresário, apoiador de Donald Trump. Sua militância poderia estar sendo alvo de uma campanha de assassinato de reputação, com consequências reais em seus negócios.

Uma das conversas relatadas pelo Wall Street Journal diz que Putin teria pedido a Musk que evitasse ativar o serviço de internet Starlink sobre Taiwan, um gesto em favor dos interesses de Xi Jinping, presidente chinês. O pedido teria surgido enquanto Rússia e China buscavam maior alinhamento estratégico para enfrentar sanções ocidentais e reforçar suas próprias influências regionais. O bilionário ativou o serviço na Ucrânia, o que torna o relato pouco provável.

A proximidade de Musk com Putin, se comprovada, ocorreria em um momento crítico nos Estados Unidos, em que o empresário emergiu como um dos apoiadores da campanha de Donald Trump, que busca retornar à Casa Branca.

Trump já declarou que Musk poderá ocupar um papel relevante em sua administração, caso vença as eleições. A candidata republicana também defendeu Musk publicamente, chamando-o de “líder de uma geração”. Em resposta a críticas de aliados do governo, Musk negou veementemente ser um defensor de Putin e afirmou que suas empresas “fizeram mais para enfraquecer a Rússia do que qualquer outra coisa”.

O bilionário também ampliou o alcance de seu papel geopolítico ao restringir o uso do serviço Starlink em operações ofensivas na Ucrânia, citando o temor de uma escalada nuclear como justificativa. Starlink, que provê comunicação via satélite, tornou-se essencial para as forças ucranianas desde que Musk doou milhares de terminais após a invasão russa em 2022.

Além dos contratos com a NASA, Musk possui autorização de segurança para acessar informações secretas, o que lhe permite uma visão privilegiada sobre alguns dos projetos mais delicados do país. Segundo uma autoridade ouvida pelo Wall Street Journal, o governo “não está confortável” com as conexões de Musk com o Kremlin, mas enfrenta a dificuldade de limitar a autonomia de um empresário cuja infraestrutura se tornou vital para a segurança nacional dos Estados Unidos.

Caso os relatos não se comprovem, seria uma intervenção nada sutil na eleição, uma “surpresa de outubro” para tentar desequilibrar uma eleição muito disputada e com resultado ainda imprevisível.

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