Morte na bicicleta: Israel investiga caso e, por ora, só confirma erro na divulgação
O Antagonista questionou porta-voz das Forças de Defesa de Israel a respeito do ataque aéreo que atingiu dois indivíduos em Gaza
O Antagonista questionou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel nascido no Brasil, major Rafael Rozenszajn, a respeito do ataque aéreo que atingiu dois indivíduos ainda não identificados no sul da Cidade de Gaza, um dos quais, na verdade, andava de bicicleta, como as próprias FDI admitiram ao New York Times.
As Forças de Defesa de Israel divulgaram no domingo, 10, o vídeo da explosão, mas haviam apontado o equipamento usado por um dos alvos como sendo um RPG, sigla em inglês para lançador de granada propulsada por foguete. Essa informação foi refutada na análise de imagens que embasou o questionamento do jornal americano.
A explicação de Rozenszajn a O Antagonista mostra que as FDI só confirmam, por ora, o erro cometido na divulgação do vídeo, quando a bicicleta foi identificada como RPG. Se o ataque em si resultou ou não da mesma confusão, e se os dois indivíduos atingidos – um teria morrido, outro ficado ferido – eram civis ou terroristas, não há confirmação oficial das Forças, que encaminharam o caso para investigação.
Diz o major:
“A área mostrada no vídeo é uma zona de combate ativa, onde ocorreram muitas batalhas entre as forças das FDI e terroristas armados. Durante os vários dias que antecederam o ataque documentado, terroristas armados usaram a rota mostrada no vídeo para transferir munições e atacar as forças das FDI.
De acordo com os métodos do Hamas, os terroristas vestem roupas civis, como pode ser visto, entre outras coisas, no vídeo em questão.
Quanto ao vídeo referido na pergunta, de acordo com uma análise inicial, o ataque ocorreu após a identificação em tempo real das pessoas como terroristas armados, com base nas informações recolhidas antes do ataque.
Quando o vídeo foi publicado, a bicicleta transportada por um deles foi erroneamente marcada como lançador de foguetes. A IDF lamenta o erro de marcação.
O processo de tomada de decisão relativo ao ataque em si será encaminhado para o Mecanismo de Apuração e Avaliação do Estado-Maior, que é um órgão independente responsável por examinar incidentes excepcionais que ocorreram durante a guerra.
Em anexo está uma explicação sobre o Mecanismo de Apuração e Avaliação do Estado-Maior General: https://www.idf.il/en/mini-sites/military-advocate-general-s-corps/addressing-alleged-misconduct-in- o-contexto-da-guerra-em-gaza/.”
Autoridades israelenses ouvidas por O Antagonista costumam dizer que, em qualquer guerra, mesmo com todos os esforços e orientações em contrário, infelizmente são cometidos erros militares individuais que podem levar civis a óbito e que, também por isso, elas não deveriam ser causadas por ataques genocidas intencionais, como o do grupo terrorista Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1200 assassinatos e 239 sequestros, 134 dos quais continuam em andamento. Mas todas as autoridades preferem aguardar a conclusão das investigações sobre casos específicos.
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