Morre aos 100 anos Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA e Nobel da Paz
Carter liderou os Estados Unidos entre 1977 e 1981; nos últimos meses, ele estava em cuidados paliativos
Morreu neste domingo, aos 100 anos, Jimmy Carter (foto), ex-presidente dos Estados Unidos e ganhador do Nobel da Paz. A morte foi confirmada por seu filho ao jornal The Washington Post.
Carter liderou os EUA entre 1977 e 1981. Depois de deixar a Casa Branca, ele se dedicou a causas humanitárias por meio da Fundação Carter e se consolidou como uma das figuras mais ativas na diplomacia internacional.
O 39º presidente dos Estados Unidos recebeu o Nobel da Paz em 2002 por suas “décadas de esforço incansável para encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais, promover a democracia, os direitos humanos e o desenvolvimento econômico e social”.
Filado ao Partido Democrata, Carter foi senador e governador da Geórgia antes de assumir a presidência dos EUA, marcada por grave crise econômica.
Durante seu governo, mediou conflitos como a guerra entre Israel e Egito, e buscou negociações sobre armas nucleares com a União Soviética.
Uma crise diplomática com o Irã levou ao sequestro de 52 americanos na embaixada dos EUA em Teerã, em 1979. Os reféns permaneceram em cativeiro por 444 dias e foram libertados apenas no início do governo de Ronald Reagan. O episódio marcou negativamente a gestão de Jimmy Carter, amplamente criticado pela condução do caso.
Em 1994, foi o primeiro presidente americano a visitar a Coreia do Norte, onde se reuniu com Kim Il-Sung para negociar políticas nucleares, representando o governo de Bill Clinton.
Mesmo depois de deixar o poder, Carter manteve uma vida ativa. Aos 95 anos, ele construiu casas como voluntário para a ONG “Houses for Humanity”, ajudando a erguer moradias de baixo custo, mesmo com a saúde fragilizada.
Foi casado por 77 anos com Rosalynn Carter, que morreu em novembro de 2023, aos 96 anos, após enfrentar problemas de saúde, incluindo demência.
Nos últimos meses, Carter estava em cuidados paliativos. Seu neto, Jason Carter, revelou em maio que o ex-presidente estava “chegando ao fim”, mas ainda demonstrava força.
Pós-presidência
Derrotado por Ronald Reagan em 1980, Carter se reinventou como um influente ex-presidente. Fundou a Fundação Carter em 1982, que liderou missões de observação eleitoral e iniciativas humanitárias pelo mundo.
Em sua autobiografia, Carter afirmou que os anos fora da Casa Branca foram mais significativos do que seu tempo no poder.
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