Miraillet, com tinta preta, não azul
Lourival Sant'Anna, no Estadão, relata um café da manhã com o novo embaixador da França no Brasil, Michel Miraillet...
Lourival Sant’Anna, no Estadão, relata um café da manhã com o novo embaixador da França no Brasil, Michel Miraillet.
Miraillet reclamou do protecionismo e do excesso de burocracia no Brasil.
A certa altura, o embaixador disse que, aqui, “os processos administrativos são muito penosos. Implicam porque está escrito em tinta azul e não preta”.
Miraillet está certo, mas a França não é exemplo. Uma simples conta bancária pode demorar um mês para ser aberta. A vida do cidadão e das empresas é regida pelo vaivém de cartas registradas, apenas para bancar o correio — e, de fato, existem documentos que precisam ser preenchidos com esferográfica preta e não azul.
Recentemente, Emmanuel Macron chegou a nacionalizar um estaleiro, para evitar que os italianos passassem a ser os proprietários.
Miraillet, com tinta preta, não azul.
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