Ministro venezuelano xinga chefe da UE: “Sem-vergonha”
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, chamou “sem-vergonha” ao chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, por ter questionado a reeleição de Nicolás Maduro
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O Governo venezuelano chamou esta quinta-feira, 29 de agosto “sem-vergonha” ao chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, por ter questionado a reeleição de Nicolás Maduro.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, disse que Borrell, que “passou anos a levar a UE à beira do colapso” e “se ajoelha diante do massacre e do genocídio na Palestina”, agora “procura ignorar as instituições democráticas” do país sul-americano.
O ministro venezuelano garantiu não se importar com os comentários de Borrell e instou o representante da UE a dedicar “os seus últimos dias no cargo a assumir todas as derrotas que colheu”.
União Europeia não reconhece Maduro
Na quarta-feira, 28, Borrell afirmou que os países da UE decidiram não reconhecer a legitimidade de Maduro como presidente. Nicolás Maduro “continua a ser o Presidente, é verdade, mas a UE não reconhece a sua legitimidade democrática baseada em resultados” eleitorais, disse Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial informal, em Bruxelas.
O líder da oposição, Edmundo González Urrutia, participou da reunião ministerial por videoconferência, para fazer uma atualização sobre a situação político-social do país, que desde 28 de julho assiste a assassinatos e detenções arbitrárias de pessoas que se insurgem contra o regime.
A declaração de Josep Borrell surge como resposta a uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela que validou a vitória de Maduro, mas sem possibilitar a consulta das atas eleitorais.
Apagão na Venezuela
Grande parte da Venezuela ficou sem serviço de eletricidade na sexta-feira, 30 de agosto, o que o regime de Nicolás Maduro atribui à “sabotagem terrorista”.
Pelas redes sociais, cidadãos relataram que o apagão atinge pelo menos 18 estados e o Distrito Capital.
“Foi o produto de uma agenda golpista de setores minoritários, mas o Estado foi acionado instantaneamente para restaurar o serviço elétrico”, disse um representante da ditadura de Madu
“Todo o governo está acionado para superar essa agressão e trazer para vocês o serviço elétrico e tranquilidade”, finalizou.
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