Milionários democratas, incluindo herdeira da Disney, suspendem doações até Biden se retirar
"Isso é realismo, não desrespeito. Se Biden não desistir, os democratas perderão. Tenho absoluta certeza disso", disse Abigail Disney
A herdeira da Disney, Abigail Disney, entre outros importantes doadores do Partido Democrata, anunciaram que suspenderão suas contribuições financeiras à campanha do presidente Joe Biden até que ele decida se retirar da disputa pela reeleição.
A decisão foi tomada após o primeiro debate entre Biden e Donald Trump, que provocou um sentimento de pânico entre os democratas.
Em uma entrevista à CNBC, Abigail Disney afirmou: “Isso é realismo, não desrespeito. Se Biden não desistir, os democratas perderão. Tenho absoluta certeza disso. As consequências da derrota serão genuinamente terríveis”. Disney sugeriu que a vice-presidente Kamala Harris poderia ser uma candidata alternativa capaz de derrotar Trump.
Dentro da campanha de Biden, há um esforço claro para acalmar os doadores e assegurar que o presidente esteja engajado em eventos públicos. Em uma chamada de emergência com centenas de doadores importantes, a equipe de Biden prometeu aumentar a presença do presidente em eventos e entrevistas.
Outros doadores seguiram o exemplo de Abigail Disney. Damon Lindelof propôs um “DEMbargo”, ou seja, a suspensão de doações até que Biden se retire. Gideon Stein, filantropo que planejava doar quase US$ 3 milhões, também declarou sua intenção de pausar as contribuições. Reed Hastings, cofundador da Netflix, juntou-se aos apelos para que Biden se retire da corrida.
As pesquisas de opinião mostraram um declínio no apoio a Biden, com 59% dos democratas acreditando que o presidente é muito velho para continuar no governo e 32% dizendo que ele deveria desistir da reeleição.
Amigos próximos dizem que Biden esqueceu seus nomes em eventos sociais
Artigo publicado pela New York Magazine nesta quinta-feira, 4, revelou que amigos de longa data do presidente Joe Biden têm notado uma preocupante falha em sua memória durante encontros sociais. A matéria, assinada por Olivia Nuzzi, destaca como essa situação tem sido tratada como um “segredo de família” entre os apoiadores do presidente.
A correspondente de Washington da revista americana descreveu a situação como uma “conspiração do silêncio” para proteger a imagem do presidente. “Amigos de longa data da família Biden, que falaram sob condição de anonimato, ficaram chocados ao descobrir que o presidente não lembrava seus nomes”, escreveu Nuzzi.
A Casa Branca tem defendido repetidamente a aptidão mental de Biden contra questionamentos e negou que haja qualquer discussão sobre sua renúncia ou saída da campanha. “Está pronto para isso? É um não. E espero que você esteja fazendo a mesma pergunta para o outro cara”, disse a porta-voz Karine Jean-Pierre, referindo-se ao ex-presidente Trump.
O artigo de Nuzzi descreve Biden em uma reunião em Nova Jersey com doadores democratas ricos, tentando convencê-los de que ainda está apto para concorrer à reeleição. Biden falou por dez minutos, o suficiente para inspirar alguma confiança. As preocupações sobre sua saúde mental foram alimentadas por momentos em que ele parecia não se lembrar de nomes de amigos próximos, precisava de assistência constante de sua esposa e mostrava sinais de confusão e declínio cognitivo.
A matéria também destaca que a preocupação com a saúde de Biden não é nova. Desde sua campanha em 2020, a equipe de Biden controla rigidamente suas aparições públicas para evitar gafes ou momentos que possam expor suas dificuldades. Esses esforços têm se intensificado na campanha de 2024, com a equipe limitando o acesso da imprensa e controlando rigorosamente os eventos em que o presidente participa.
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