Meta exclui contas do líder supremo iraniano acusadas de promover violência
Descubra os motivos da Meta remover as contas do líder iraniano das redes sociais. Saiba sobre a pressão enfrentada e as acusações de financiamento ao terrorismo que levaram a essa decisão.
O conglomerado Meta, dono de grandes redes sociais como Facebook e Instagram, fez a exclusão das contas do líder supremo iraniano, o Aiatolá Ali Khamenei. A partir da ação, as páginas associadas ao líder iraniano foram permanentemente removidas e já não podem mais ser encontradas.
A suspensão das contas ocorreu após repetidas infrações às políticas da Meta relacionadas a “organizações e indivíduos perigosos”, como informou um representante da empresa para a CNN. Segundo essas políticas, indivíduos ou grupos que tenham histórico de envolvimento em violência, ou que façam parte de movimentos com objetivos violentos, estão proibidos de estar presentes na plataforma.
Iraniano é acusado de financiar terrorismos
O Irã enfrenta múltiplas acusações de financiar o grupo Hamas, que é classificado como uma organização terrorista pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Em 2021, o mesmo Departamento expressou que o grupo recebe suporte financeiro, armamentos e treinamento do Irã. Além disso, há suspeitas de que o país tenha fornecido armas e treinamento para o grupo militante Houthi, no Iêmen.
“Já havia uma pressão significativa sobre a Meta para interromper a promoção de organizações perigosas feita por Khamenei desde o dia 7 de outubro”, disse Mahsa Alimardani, pesquisadora dos direitos digitais na Article 19, uma organização de direitos humanos.
Contas deletadas possuíam milhões de seguidores
Antes da ação da Meta, uma das contas de Khamenei no Instagram acumulava mais de 5 milhões de seguidores. A empresa, porém, não esclareceu o que de específico levou à suspensão das contas pelas políticas de organizações e indivíduos perigosos.
Além disso, nesta semana, a Microsoft revelou que “atores alinhados ao governo” iraniano lançaram uma série de ataques cibernéticos. Esses ataques, ocorridos desde outubro de 2023, tinham o objetivo de fortalecer a causa do Hamas e dificultar as operações de Israel e aliados.
Aumento de ações cibernéticas iranianas
Em outubro de 2023, foram registradas 11 operações de influência cibernética comandadas pelo Irã. Em comparação, durante o ano de 2021 foi registrada uma operação do tipo a cada dois meses.
No início de dezembro de 2023, alguns serviços de streaming de TV dos Emirados Árabes Unidos, Canadá e Reino Unido foram interrompidos por hackers iranianos. Em vez do conteúdo corriqueiro, os canais transmitiram um vídeo mostrando notícias sobre palestinos feridos e mortos pelas operações militares de Israel.
“Com o conflito continuando, acreditamos que a ameaça de operações cibernéticas e de influência do Irã crescerá”, afirmou a equipe Microsoft Threat Intelligence.
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