María Corina Machado postulada para o Nobel da Paz 2025
Quatro reitores de universidades da Florida explicitaram apoio à líder da oposição venezuelana María Corina Machado para o Prêmio Nobel da Paz de 2025 por evitar recorrer a manifestações violentas, apesar de o Governo de Nicolás Maduro não ter reconhecido a vitória reivindicada pela oposição
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi postulada para o Premio Nobel da Paz de 2025 num evento organizado pelo Museu Americano da Diáspora Cubana em Miami. Machado foi selecionada por um grupo de líderes e acadêmicos que são indicados qualificados de acordo com as regras da Fundação Nobel.
Quatro reitores de universidades da Florida explicitaram apoio à líder da oposição venezuelana María Corina Machado para o Prêmio Nobel da Paz de 2025 por evitar recorrer a manifestações violentas, apesar de o Governo de Nicolás Maduro não ter reconhecido a vitória reivindicada pela oposição nas eleições presidenciais em 28 de julho.
A presidente do Miami Dade College (MDC), Madeline Pumariega, e os presidentes da Florida International University (FIU), Kenneth A. Jessel; da Saint Thomas University, David Armstrong, e da Barry University, Mike Allen, anunciaram em conferência de imprensa no Museu da Diáspora Cubana, em Miami, o apoio ao nome de Machado.
“Não conheço nenhuma figura de relevância global que tenha as qualidades de María Corina Machado, que sempre promoveu energicamente este processo cívico para ser pacífico, nunca violento”, disse Marcell Felipe, presidente do museu da Diáspora Cubana e idealizador da postulação do nome de Corina.
Este é o primeiro grupo de líderes acadêmicos que promoverá a nomeação de Corina Machado, mas Felipe está confiante de que ex-chefes de Estado, presidentes de Governo e de legislaturas nacionais, vencedores do Prêmio Nobel da Paz e outros líderes acadêmicos se juntarão a esta campanha.
María Corina Machado – enfatizou Felipe – é um “exemplo para o mundo inteiro de como liderar um movimento pela paz para exigir mudanças”, apesar de toda a série de “armadilhas” e “fraudes” perpetradas nas eleições de 28 de julho, culminando da declaração fraudulenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) indicando Nicolás Maduro como vencedor.
Embora Corina Machado tivesse o “direito legítimo” de invocar a força para fazer cumprir os resultados eleitorais, a líder da oposição “nunca procurou um confronto entre os venezuelanos, mas sim recorreu aos meios de paz para dar todo o poder aos cidadãos”, disse Felipe.
“María Corina Machado é uma líder que ficará para a história”, destacou ainda Felipe. “O que ele conseguiu vai exatamente no sentido daquilo que são os objetivos deste prêmio”, acrescentou.
Felipe destacou ainda que farão todos os esforços necessários para trabalhar a indicação do adversário, buscando seguidores que possam se indicar ao grande prêmio.
A diretora do Comando ConVzla dos EUA, María Teresa Morín, disse com muito entusiasmo e com a voz entrecortada que esta iniciativa é “em si um prêmio para todos os venezuelanos e para esta luta que tanto custou”.
“Hoje é um dos dias mais importantes da história desta luta, motivo de grande alegria para toda a região pela luta que María Corina Machado empreende há mais de 25 anos, com sacrifício e dedicação de sua vida a uma causa que é a paz da Venezuela”, afirmou Morín na entrevista coletiva.
Oficialização da nominação
Felipe explicou que a indicação será realizada oficialmente no dia 1º de setembro, com o início do processo de apresentação dos candidatos, e terminará em janeiro de 2025.
O Comitê do Nobel inicia a seleção dos indicados em fevereiro e, após elaboração de uma pequena lista, o vencedor é escolhido no final do ano. “É muito importante saber isto, porque o regime venezuelano vai tentar desinformar e dizer que o Prêmio Nobel foi entregue a outra pessoa”, já que o prêmio atribuído este ano corresponde aos nomeados de 2024.
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