María Corina agradece países do Mercosul que criticaram Maduro
Brasil não assinou comunicado sobre Venezuela
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado (foto), agradeceu neste domingo, 21, aos governos da América Latina que cobraram publicamente o restabelecimento da ordem democrática na Venezuela.
O documento foi apresentado no sábado, 20, na 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, em Foz do Iguaçu (PR), e expôs um racha entre países do bloco.
A iniciativa partiu do governo da Argentina e contou com o apoio de Paraguai, Bolívia, Panamá, Equador e Peru.
Brasil e Uruguai ficaram fora da declaração.
Em publicação no X, María Corina Machado escreveu:
“Em nome dos venezuelanos, agradecemos aos governos da Argentina, do Paraguai, do Panamá, da Bolívia, do Equador e do Peru por manifestarem com firmeza seu compromisso com a democracia e os direitos humanos em nosso país, e por exigirem o fim das detenções arbitrárias e a libertação de quase mil presos políticos nas mãos do regime de Maduro.
Sabemos que a América Latina acompanha a luta justa, legítima e irreversível pela democracia e pela liberdade da Venezuela.”
Brasil fica de fora
Como mostramos, presidentes e ministros de seis países do Mercosul divulgaram no sábado um comunicado conjunto em que defendem o restabelecimento da ordem democrática e o respeito aos direitos humanos na Venezuela. O texto foi apresentado à margem da cúpula do bloco, em Foz do Iguaçu (PR), e não contou com a assinatura do presidente Lula (PT) nem de outras autoridades brasileiras.
No texto, os signatários reafirmam a vigência do Protocolo de Ushuaia e o compromisso com a defesa das instituições democráticas, do Estado de Direito e dos direitos humanos.
O comunicado expressa “profunda preocupação” com a crise migratória, humanitária e social na Venezuela, país suspenso do Mercosul por ruptura da ordem democrática.
Também cita alertas “dos organismos de direitos humanos das Nações Unidas sobre a persistência de detenções arbitrárias e desaparecimentos forçados”, e exorta as autoridades venezuelanas a libertar e a garantir o devido processo legal “de todos os cidadãos privados arbitrariamente de sua liberdade”.
Os líderes afirmam ainda a intenção de buscar, por meios pacíficos, o pleno restabelecimento da democracia e do respeito irrestrito aos direitos humanos no país governado por Nicolás Maduro.
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Comentários (1)
Ana Amaral
21.12.2025 13:22O presidente do Brasil não perde oportunidade de demonstrar como é deplorável.