Márcio Coimbra na Crusoé: As virtudes de Taiwan
O país produziu uma sociedade virtuosa, aberta e moderna em pouco tempo, mesmo com a sombra das ameaças da China, que insiste em desafiar sua soberania
Em sua coluna para a edição de número 309 da Crusoé, Márcio Coimbra repercute o terremoto em Taiwan que mostrou como o país produziu uma sociedade virtuosa, aberta e moderna em pouco tempo e com uma economia sólida.
Taiwan voltou ao noticiário nos últimos dias por ter sido vítima de um terrível terremoto que tirou a vida de ao menos oito pessoas, ferindo 800 e deixando ao menos 120 presas. O sismo de magnitude de 7,2 abalou a cidade de Hualieng, no nordeste do país. O número reduzido de vítimas fatais, entretanto, mostra a excelente estrutura na capital e principais cidades, baseada em tecnologia de ponta, protegendo a população de um abalo que poderia ter produzido um enorme desastre.
Esse evento mostra como o país produziu uma sociedade virtuosa, aberta e moderna em pouco tempo, capaz de proteger-se de catástrofes naturais, mesmo com a sombra das ameaças de um vizinho continental que insiste em desafiar sua soberania. Estamos falando de um país que optou por criar um modelo de sociedade baseado nos pilares da democracia, produtividade, inovação, educação universal de ponta e amplo comércio exterior sem restrições ou amarras, servindo como poderoso motor para impulsionar a economia.
As lições trazidas por este modelo são diversas e deveriam ser observadas pelo Brasil. Taiwan, que possui um território menor que o estado do Rio de Janeiro, possui crescimento de país emergente e produtividade de país desenvolvido, sobressaindo no campo econômico. Nos últimos 30 anos, o PIB per capita, em dólares, cresceu 220% (4% ao ano), comparado a 2,5% ao ano da Europa. Em valores absolutos, a produtividade é quase três vezes maior que a da China continental e aproxima-se de patamares europeus. Além disso, a ilha ocupa altas colocações em diversos rankings internacionais:
- 12º lugar no ranking de competitividade do World Economic Forum 2019.
- 11º lugar no Índice de Liberdade Econômica da Heritage, à frente dos EUA (17º), Japão (30º), França (64º) e Brasil (143º).
- 3º melhor destino para investimentos, de acordo com o Business Enviroment Risk Intelligence 2020, atrás da Suíça e da Noruega.
- 15º melhor país para se fazer negócios, no ranking do Banco Mundial.
- 18º melhor ambiente empresarial, segundo a The Economist.
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