Maioria dos israelenses diz que Netanyahu deve renunciar já
A pesquisa também revela uma forte demanda por eleições antecipadas, com 54% dos participantes a favor de uma nova votação
Mais da metade dos israelenses acredita que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deveria renunciar imediatamente, conforme pesquisa recente do canal N12 publicada pelo The Jerusalem Post. A pesquisa mostrou que 58% dos entrevistados apoiam a renúncia do premiê, incluindo 28% dos eleitores que apoiaram Netanyahu nas eleições anteriores.
Além de Netanyahu, a pesquisa aponta que 48% dos entrevistados acreditam que o ministro da defesa, Yoav Gallant, também deveria renunciar, assim como 50% em relação ao chefe do Estado-Maior das FDIs, Herzi Halevi, e 56% em relação ao chefe do serviço de inteligência Shin Bet, Ronen Bar.
A pesquisa também revela uma forte demanda por eleições antecipadas, com 54% dos participantes a favor de uma nova votação. Adicionalmente, mais de um terço dos entrevistados (37%) expressou que os ministros Benny Gantz e Gadi Eizenkot deveriam deixar o governo.
Cenário eleitoral e possível realinhamento político
Se novas eleições fossem realizadas hoje, a pesquisa sugere que o Partido da Unidade Nacional de Benny Gantz conquistaria 31 assentos, enquanto o Likud obteria 18.
O partido Yesh Atid aparece com 15 assentos, seguido de Shas, Yisrael Beytenu e Otzma Yehudit, cada um com 10 assentos. O Judaísmo da Torá Unida (UTJ) conseguiria oito assentos, enquanto Hadash-Ta’al e Ra’am teriam cinco cada, e Meretz e o Partido Sionista Religioso conquistariam quatro assentos cada.
Netanyahu: eleições podem retroceder Israel ao período pré-guerra
Durante uma coletiva de imprensa em 31 de março, Benjamin Netanyahu expressou preocupação com as demandas por sua renúncia, especialmente vindas de famílias de reféns. Netanyahu afirmou que a realização de eleições agora atrasaria Israel “por meses”, e que “Hamas seria o primeiro a congratular o novo primeiro-ministro”.
O premiê enfatizou seu compromisso em resgatar todos os reféns remanescentes em Gaza, ressaltando sua dedicação ao sucesso dessa missão, e não apenas a aparência de esforço. “Qualquer um que diga que não estou fazendo tudo ao meu alcance para trazer os reféns de volta está errado e enganando”, declarou Netanyahu.
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