Recentemente, a Louis Vuitton se viu envolta em mais uma controvérsia. Desta vez, a renomada marca francesa está sendo processada por três clientes na Califórnia, acusada de racismo. Segundo os relatos, esses clientes foram banidos das lojas da grife após um e-mail sugir que suas compras seriam financiadas por “dinheiro do tráfico de drogas”.

A cliente Tracy Renee Williams, renomada por suas frequentes compras na Louis Vuitton, afirma gastar cerca de US$ 500 mil anualmente na marca. No entanto, sua última experiência com a grife foi marcada por desapontamento e acusações infundadas. Em setembro de 2022, Tracy encomendou produtos no valor de US$ 50 mil, mas nunca os recebeu. Em vez de um pedido entregue, o que ela recebeu foi um e-mail inesperado.

Qual foi a acusação contra os clientes?

No e-mail enviado pela Louis Vuitton, a empresa afirmava que não estaria mais disposta a realizar negócios com Tracy, sem fornecer maiores explicações. O e-mail foi direto ao ponto:

“Gostaríamos de informá-la que a Louis Vuitton não está mais disposta a fazer negócios com a senhora e pedimos que não frequente mais nossas boutiques nem tente adquirir nossos produtos por telefone, on-line ou pessoalmente em qualquer loja da Louis Vuitton. Por favor, não faça mais tentativas de contato com as lojas”.

Como os clientes foram tratados nas lojas físicas?

Brandi Williams, filha de Tracy e também parte do processo, decidiu ir pessoalmente à loja de Beverly Hills para resolver a situação. No entanto, ela foi recebida com hostilidade. Um gerente da Louis Vuitton não apenas se recusou a permitir que ela fizesse compras, mas também a acusou de usar “dinheiro de drogas” e ameaçou chamar a polícia se ela não saísse da loja imediatamente.

Após essa experiência negativa, Tracy enviou seu assistente, que é branco, à mesma loja. Contrariamente ao tratamento recebido por Tracy e sua filha, o assistente foi tratado com cortesia e recebeu atenção adequada, ressaltando as diferenças de tratamento baseadas na raça.

Casos anteriores de racismo envolvendo a Louis Vuitton

Infelizmente, essa não é a primeira vez que a Louis Vuitton é acusada de racismo. Em 2015, a conhecida apresentadora Oprah Winfrey revelou um incidente em que foi discriminada em uma das lojas da grife, quando se recusaram a vender uma bolsa para ela. Esses incidentes repetidos levantam questões sérias sobre as práticas da empresa e o tratamento desigual dispensado aos seus clientes.

Diante dessas graves alegações, Tracy, sua filha Brandi, e um amigo da família que também alega ter sofrido racismo na mesma loja, decidiram processar a Louis Vuitton por danos morais e materiais. Este caso serve como um lembrete do preconceito racial ainda presente na sociedade e da necessidade de responsabilizar grandes empresas por suas ações.