Ainda na entrevista que concedeu à Foreign Affairs no fim de 2016, Marine Le Pen explica por que é contra a ideia de promover comunidades de qualquer tipo dentro da França e prefere investir na integração dos indivíduos. Veja:

“Você acredita que o modelo americano de integração é mais efetivo que o francês?

Eu não tenho que julgar isso. Isso é um problema dos americanos. Pessoalmente, eu não quero esse modelo. Esse modelo é uma consequência da história americana. Comunidades vieram de diferentes países para uma terra virgem para criar uma nação feita por pessoas de todos os lugares. Esse não é o caso da França. A França é uma criação humana e legal muito antiga. Nada está aqui por acaso. O secularismo é a forma como manejamos conflitos religiosos que mergulharam nosso país num banho de sangue.

Eu não procuro impor meu modelo aos outros, mas eu não quero que os outros decidam que o meu modelo não é o correto. Sempre me ofendo, quando outros países condenam o modelo francês. Eu não condeno o modelo americano. Mas não quero o meu condenado. Acredito que o comunitarismo plantou as sementes do conflito entre as comunidades, e eu não desejo que meu país enfrente conflitos entre comunidades. Eu reconheço apenas indivíduos. São os indivíduos que têm direitos. São os indivíduos que têm livre arbítrio. São os indivíduos que assimilam uns aos outros. Em nenhum caso, isso é feito por comunidades.”