Kremlin classifica como inaceitável reação do Ocidente à morte de Alexei Navalny
Kremlin classifica como inaceitável a reação do Ocidente à morte do ativista russo Alexei Navalny.
O Kremlin explicitou, nesta segunda-feira (19), que a reação do Ocidente à morte do político e ativista russo Alexei Navalny foi inadmissível e as declarações dos Estados Unidos e da Europa foram detestáveis, mas que isso não prejudica o presidente Vladimir Putin.
Investigação sobre a morte de Navalny ainda em andamento
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou a repórteres que considera inaceitáveis as declarações ocidentais. No entanto, destacou que “Essas declarações, é claro, não podem causar nenhum dano ao nosso chefe de Estado”. Peskov enfatizou ainda que a investigação sobre a morte de Navalny está em curso e segue as normas da lei russa.
Oposição russa perde líder carismático
A morte de Navalny, ex-advogado e líder da oposição russa, remove da cena política do país um personagem de forte carisma e bravura. Esta morte ocorre enquanto o presidente Vladimir Putin se prepara para uma eleição que o manterá no poder até, pelo menos, 2030.
Ocidente responsabiliza Putin pela morte de Navalny
O anúncio da prisão russa na sexta-feira (16) de que Navalny, aos 47 anos, faleceu após perder a consciência, foi duramente criticado pelo Ocidente e aliados de Navalny, que acusam Putin pelo ocorrido. As autoridades russas, por sua vez, defendem a imparcialidade do processo e criticam os líderes ocidentais por levantarem hipóteses prematuras sobre a morte de Navalny. A situação contribui ainda mais para o isolamento russo nas relações com o Ocidente, já bastante abaladas pela guerra na Ucrânia.
Morte de Navalny: causa ainda indeterminada
A mãe de Navalny, Lyudmila, foi informada que seu falecimento se deu pela “síndrome da morte súbita”, um termo incerto para diferentes condições cardíacas que culminam em óbito. De acordo com a equipe de Navalny, os advogados e a mãe do falecido não foram autorizados a acessar o necrotério na cidade do Ártico, perto da colônia prisional na qual o político cumpria pena. Yarmysh, porta-voz de Navalny, denuncia a falta de transparência das autoridades russas, que mantêm a causa oficial da morte como indeterminada.
O último dia de Navalny
No dia anterior à sua morte, Navalny apareceu em uma sessão de tribunal e manteve o espírito brincalhão. O ativista chegou a fazer piada com o juiz, sugerindo que o magistrado usasse parte do seu salário para quitar a dívida de Navalny. Ele cumpria pena na colônia penal IK-3, ao norte do Círculo Ártico, uma distância de 1.900 km de Moscou.
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