Coreia do Norte dispara mísseis próximo à Coreia do Sul
A retomada do fogo de artilharia dentro da zona tampão “é um ato provocativo que ameaça a paz na Península Coreana e aumenta as tensões”, disse o ministro da Defesa de Seul, Shin Won-sik.
A Coreia do Norte disparou mais de 200 projéteis de artilharia nesta sexta-feira, 5 de janeiro, perto de uma disputada fronteira marítima com a Coreia do Sul.
Os projéteis caíram na chamada zona tampão ao longo da fronteira, criada por um acordo de redução de tensão de 2018.
A retomada do fogo de artilharia dentro da zona tampão “é um ato provocativo que ameaça a paz na Península Coreana e aumenta as tensões”, disse o ministro da Defesa de Seul, Shin Won-sik.
A escalada de tensão entre os rivais levou a Coreia do Sul a tomar medidas correspondentes com exercícios de tiro real.
Antes de os tiros vindos do Sul serem disparados, os residentes de duas ilhas sul-coreanas na fronteira marítima ocidental foram evacuados para abrigos antiaéreos.
Os disparos de sexta-feira, 5, seguiram-se a repetidas advertências do regime de Kim Jong-Un de que estava preparado para a guerra contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
A China, aliada da Coreia do Norte, pediu “contenção” de todos os lados: “Esperamos que todas as partes relevantes mantenham a calma e a moderação, evitem tomar ações que agravem as tensões, evitem uma nova escalada da situação e criem condições para a retomada de um diálogo significativo”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, aos repórteres.
Crise entre as Coreias
As relações entre as duas Coreias estão atualmente num dos pontos mais baixos em décadas.
Também nesse sexta-feira, 5 de janeiro, Kim Jong-Un instou seu país a expandir a produção de lançadores de mísseis “dada a grave situação prevalecente que exige que o país esteja mais firmemente preparado para um confronto militar com o inimigo”.
Seus comentários foram feitos depois que a Casa Branca acusou a Coreia do Norte de fornecer à Rússia mísseis balísticos e lançadores de mísseis que foram usados em recentes ataques à Ucrânia, no que os EUA disseram ser uma grande escalada do apoio de Pyongyang a Moscou.
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