Justiça argentina exige informações de militar sequestrado pelo regime de Maduro
A Justiça argentina ordenou que a Venezuela fosse instada, por via diplomática, a informar sobre a situação do militar Nahuel Gallo, detido pelo regime de Nicolás Maduro. A resolução é da Câmara B da Câmara Federal de Mendoza, que também exigiu a abertura de um processo criminal por “desaparecimento forçado de pessoas”. Este tribunal aceitou...
A Justiça argentina ordenou que a Venezuela fosse instada, por via diplomática, a informar sobre a situação do militar Nahuel Gallo, detido pelo regime de Nicolás Maduro.
A resolução é da Câmara B da Câmara Federal de Mendoza, que também exigiu a abertura de um processo criminal por “desaparecimento forçado de pessoas”. Este tribunal aceitou um habeas corpus apresentado pela Gendarmaria Nacional daquela província.
Os juízes Manuel Pizarro, Juan Ignacio Pérez e Gustavo Castiñeira de Dios pedem que a Venezuela indique imediatamente o paradeiro do militar, os motivos da sua detenção, à disposição de qual autoridade judicial se encontra e que seja facilitado o contato com os seus familiares.
Também instam a Justiça desse país “a apresentar” Gallo física ou eletronicamente às autoridades designadas pela chancelaria argentina “para ser avisado”.
A ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, referiu-se à decisão: “A Justiça Argentina exige que mostrem a Nahuel Gallo. Também queremos saber onde ele está detido, quem é o juiz responsável pelo caso e o que ele está fazendo, qual o procedimento que vai ser utilizado”, explicou.
O militar Nahuel Gallo foi detido na Venezuela entre 8 e 9 de dezembro após cruzar a fronteira com a Colômbia. O regime de Caracas não especifica o paradeiro de Gallo.
Ex-embaixador argentino na Venezuela intercede
O ex-embaixador argentino na Venezuela Oscar Laborde reconheceu esta segunda-feira, 23 de dezembro, que intercedeu junto às autoridades venezuelanas para enviar uma carta de sua família ao militar Nahuel Gallo.
Laborde acrescentou que durante os esforços que fez para enviar a carta recebeu a informação de que Gallo “está em boas condições”, mas sublinhou que “está em curso uma investigação porque há uma irregularidade muito grande” na sua entrada na Venezuela “através de uma fronteira que é muito irregular”.
O Governo argentino denunciou que Gallo foi raptado pelo Governo de Nicolás Maduro, enquanto as autoridades venezuelanas – principalmente o ministro dos Negócios Estrangeiros Diosdado Cabello – o acusam de ter sido enviado para realizar tarefas de espionagem.
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