Justiça americana liberta condenado por agressões antissemitas: “crime de ódio repulsivo”
Decisão da Justiça americana provoca indignação em meio à escalada global de ataques contra judeus
A Justiça americana libertou um homem condenado por participar de um ataque antissemita em São Francisco após apenas 83 dias de prisão.
Juan Diaz-Rivas, 36 anos, recebeu ainda dois anos de liberdade condicional, 80 horas de serviços comunitários e 16 horas de controle de agressividade.
Segundo a Promotoria de São Francisco, Diaz-Rivas integrou um grupo de seis pessoas que, em 14 de junho, espancou uma mulher judia, seu companheiro e um transeunte que tentou ajudá-los.
O grupo caminhava pela Fillmore Street gritando ofensas antissemitas e frases de apoio à Palestina antes de iniciar o ataque.
A mulher pediu que parassem e explicou ser judia. Em resposta, Diaz-Rivas a confrontou e o grupo perseguiu o casal.
O homem foi derrubado com um soco, bateu a cabeça no chão e perdeu a consciência. Mesmo caído, continuou sendo chutado e espancado. Um funcionário de uma loja próxima tentou intervir e também foi agredido.
A promotora Brooke Jenkins classificou o episódio como “crime de ódio repulsivo” e afirmou que “não há lugar para antissemitismo em São Francisco”.
O réu foi condenado por agressão com força capaz de causar lesão grave e por crime de ódio, previstos no código penal da Califórnia. Ao admitir a motivação antissemita, obteve pena reduzida.
A Promotoria informou que outro suspeito foi preso e que as investigações continuam. O órgão prometeu apresentar novas acusações se outros envolvidos forem identificados.
“Garantir que a comunidade judaica se sinta segura é prioridade absoluta”, disse em nota.
O caso se soma a uma série de ataques contra judeus nos Estados Unidos e na Europa desde os atentados de 7 de outubro de 2023.
Organizações judaicas americanas alertam que sentenças brandas em crimes de ódio enfraquecem a confiança nas instituições e podem incentivar novos episódios de violência antissemita.
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