Julgamento de Trump é adiado por tempo indeterminado
Essa nova medida aumenta a possibilidade de que o ex-presidente não seja julgado nos dois casos federais
O julgamento do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no qual ele é acusado de guardar documentos confidenciais de forma ilegal após o término de seu mandato, foi adiado por tempo indeterminado, conforme decisão da juíza Aileen Cannon, indicada por ele ao cargo em 2020.
Essa nova medida aumenta a possibilidade de que o ex-presidente não seja julgado nos dois casos federais aos quais ele responde antes das eleições de 5 de novembro.
Inicialmente, o julgamento estava previsto para começar no próximo dia 20, tanto a acusação, liderada pelo conselheiro especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, quanto a defesa de Trump concordaram com o adiamento da data.
Essa decisão conjunta reflete um consenso entre as partes envolvidas, que buscam garantir uma análise minuciosa e justa do caso.
Trump violou a lei
A acusação sustenta que Trump violou a lei ao guardar documentos confidenciais após o término de seu mandato presidencial. Esse comportamento, segundo os promotores, vai contra os princípios democráticos e coloca em risco a segurança nacional.
Já a defesa do ex-presidente argumenta que não há evidências concretas que comprovem a ilegalidade dos atos cometidos por Trump. Além disso, eles destacam que o adiamento do julgamento permitirá uma melhor preparação para apresentar os argumentos em defesa do cliente.
Trump é multado por não conseguir ficar calado
No último dia 30, o juiz Juan Merchan impôs uma multa de US$ 9 mil (R$ 46 mil) ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por violação de uma ordem de silêncio. A medida o impede de criticar os envolvidos no julgamento em que é acusado de fraude.
A decisão foi anunciada por Merchan na abertura de uma nova audiência do julgamento, em Nova York. O juiz afirmou que o magnata violou a ordem ao insultar testemunhas, jurados, membros do tribunal ou seus familiares.
Merchan admitiu em um despacho por escrito que a multa pode não ser suficiente para dissuadir o ex-presidente e afirmou que consideraria a possibilidade de prendê-lo caso Trump continuasse a violar a ordem de silêncio. O juiz alertou que o tribunal não tolerará violações intencionais de suas ordens legais e que punições mais severas, como o encarceramento, poderão ser aplicadas.
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