Jogo França X Israel: comunidade judaica sob tensão
O jogo da Liga das Nações ocorre em clima tenso e instável, exacerbado pelos ataques contra judeus que sucederam a partida entre Ajax e Maccabi Tel-Aviv em Amsterdã
A poucas horas do início da partida de futebol entre França e Israel, o presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (Crif), Yonathan Arfi, expressou preocupação e vigilância devido ao tenso contexto atual no Oriente Médio e aos recentes episódios de violência antissemita nos Países Baixos.
Arfi destacou que este confronto esportivo transcende suas implicações no campo e se torna um símbolo de resistência contra o antissemitismo e uma reafirmação dos valores republicanos.
Este evento, pela Liga das Nações, ocorre sob intensas medidas de segurança, com a mobilização de mais de 4.000 policiais e agentes da gendarmaria.
Tal precaução é reflexo do clima instável exacerbado pelos incidentes que sucederam a partida entre Ajax e Maccabi Tel-Aviv em Amsterdã. “É crucial assistir a esta partida, que se tornou um símbolo que ultrapassa o esporte”, declarou Arfi em entrevista à RTL.
A presença do presidente Emmanuel Macron, junto com os ex-presidentes François Hollande e Nicolas Sarkozy nas tribunas do Stade de France, é interpretada por Arfi como um forte gesto político.
Ele ressaltou a importância de tais símbolos para reafirmar a união nacional diante do antissemitismo e da intolerância em geral. “Precisamos lembrar constantemente o significado da harmonia civil em nossa sociedade”, concluiu Arfi.
Em Lyon, manifestações proibidas
Em um cenário marcado por preocupações com possíveis confrontos entre grupos de extrema esquerda e apoiadores de Israel, as autoridades do departamento do Rhône emitiram uma ordem que proíbe manifestações em Lyon.
A decisão surge em meio a uma intensa mobilização policial na capital francesa para garantir a segurança durante o tenso jogo da Liga das Nações entre França e Israel, que acontece em Saint-Denis.
Os serviços estaduais antecipam uma noite potencialmente conturbada. A prefeita do Rhône, Fabienne Buccio, emitiu um decreto que visa especificamente proibir uma manifestação planejada em apoio à Palestina nas ruas de Lyon.
Pela libertação de um criminoso
Um protesto, agendado para o começo da noite, no horário de Paris, busca a libertação de Georges Abdallah, um militante marxista libanês pró-Palestina, preso na França há mais de 40 anos por envolvimento no assassinato de dois diplomatas.
A manifestação foi autorizada apenas dentro de um perímetro restrito, que se estende da praça des Terreaux até o cais Serlin, permitindo que os manifestantes se desloquem do centro da cidade em direção à Guillotière. No entanto, todas as ruas adjacentes estão interditadas para qualquer tipo de aglomeração.
Além disso, o decreto proíbe qualquer outro tipo de reunião não declarada oficialmente. O apelo por Georges Abdallah atraiu a adesão de vários coletivos, incluindo Urgence Palestine e a Liga da
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