Israelenses descrevem meses de terror em cativeiro do Hamas
Reféns suportaram abuso físico e psicológico em condições desumanas após sequestro no festival Nova
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Uma investigação do The Wall Street Journal revelou novos detalhes sobre os oito meses de cativeiro que os ex-reféns israelenses resgatados no último sábado suportaram após serem sequestrados do festival de música Nova em 7 de outubro. As entrevistas com parentes dos reféns e autoridades de segurança e saúde israelenses mostram um quadro de extremo sofrimento físico e psicológico.
Segundo a matéria, os três reféns masculinos, Almog Meir Jan, Andrey Kozlov e Shlomi Ziv, viveram por seis meses em um pequeno quarto escuro, dormindo em colchões no chão. Ouvindo uma família local com crianças no andar abaixo, os reféns só foram autorizados a descer uma vez para usar a cozinha da família quando esta não estava em casa.
Além de estarem isolados do mundo externo, os guardas que traziam comida também usavam terror físico e psicológico contra os reféns quando não obedeciam às ordens. Foram trancados em um cubículo de banheiro, cobertos com muitos cobertores no calor e ameaçados de morte pelos terroristas do Hamas.
Apesar do isolamento, os reféns puderam assistir a uma transmissão em árabe da Al Jazeera, onde viram um grande comício em Tel Aviv em apoio a eles. Essa visão renovou a esperança dos reféns, que se tornaram amigos próximos durante o cativeiro. Eles passavam o tempo jogando cartas, ensinando hebraico e russo uns aos outros e escrevendo diários.
O Dr. Itai Pessach, médico sênior do Hospital Sheba em Tel Hashomer, responsável pelo tratamento dos quatro reféns resgatados, declarou à CNN que eles foram espancados durante o cativeiro em Gaza. “Foi uma experiência dura, com muito abuso, quase todos os dias,” disse Pessach, adicionando que os reféns sofreram abuso físico e mental a cada hora.
Pessach destacou que os oito meses de cativeiro deixaram uma marca significativa na saúde dos reféns. Embora parecessem estar em boas condições inicialmente, todos estavam desnutridos. “Eles não tinham proteína, então seus músculos estão extremamente atrofiados, e há danos em outros sistemas do corpo por causa disso,” explicou Pessach à CNN.
Os reféns contaram que foram movidos várias vezes, lidando com diferentes guardas, e que a oferta de comida e água era instável. Houve períodos em que quase não recebiam comida, o que combinado com o estresse psicológico, a má nutrição e a negligência médica, teve um impacto significativo na saúde deles.
Noa Argamani encontra mãe de namorado em cativeiro
Noa Argamani, que foi libertada na “Operação Arnon” junto com Almog Meir Jan, Andrei Kozlov e Shlomi Ziv, encontrou a mãe de seu namorado, Avinatan, que ainda está em cativeiro do Hamas. O vídeo dos dois sendo separados por terroristas do Hamas em 7 de outubro se tornou um marco da guerra.
Argamani conheceu Ditza Or, mãe de Avinatan, após seu retorno a Israel e expressou seu desejo pelo retorno seguro do namorado. A Rabbanit Yemima Mizrachi compartilhou detalhes emocionantes do encontro em sua conta no Facebook, destacando a esperança e resiliência de Ditza Or em meio à adversidade.
A reunião entre Noa e Ditza simboliza a união e a força da sociedade israelense em tempos de crise, demonstrando que a solidariedade e a esperança podem prevalecer mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
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