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Israel defende intervenção em Rafah e critica pressões externas

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Alexandre Borges
4 minutos de leitura 13.03.2024 11:02 comentários
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Israel defende intervenção em Rafah e critica pressões externas

"Agora que estamos em um momento de pausa, é crucial agir em Rafah. Precisamos realocar a população e encerrar a luta contra o Hamas," disse Danny Danon

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Israel defende intervenção em Rafah e critica pressões externas
Danny Danon

Danny Danon, representante permanente de Israel na ONU e membro do parlamento israelense (Knesset), em entrevista à Israel National News, enfatizou a necessidade de uma ofensiva militar em Rafah para combater o Hamas.

“Agora que estamos em um momento de pausa, é crucial agir em Rafah. Precisamos realocar a população e encerrar a luta contra o Hamas,” explicou Danon. Ele ressaltou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está ciente da situação, destacando a falta de um acordo sobre os reféns como uma justificativa para a ação militar.

Danon abordou a questão da pressão exercida pelos Estados Unidos e por outros atores internacionais, inclusive as advertências do presidente Biden. “Agradecemos o suporte dos EUA e da ONU, mas a vitória nesta guerra é primordial, independentemente das conveniências eleitorais americanas,” afirmou.

O diplomata também criticou a resposta global aos crimes sexuais ocorridos em 7 de outubro e a situação dos reféns israelenses, enfatizando a necessidade de uma ação mais decisiva por parte das Nações Unidas.

“O sofrimento humanitário em Gaza recebe atenção, mas o dos nossos reféns é frequentemente ignorado. Esperamos mais da ONU,” declarou Danon, criticando declarações do secretário-geral da ONU, António Guterres, por tentativas de equivalência entre a situação de mulheres palestinas e a dos reféns israelenses.

Cristãos sionistas viajam em apoio a Israel

Os evangélicos americanos, conhecidos por seu fervoroso apoio a Israel, veem no país um papel central nas profecias bíblicas que antecedem a segunda vinda de Cristo.

Os evangélicos americanos, conhecidos por seu fervoroso apoio a Israel, veem no país um papel central nas profecias bíblicas que antecedem a segunda vinda de Cristo. Esse apoio transcende o espiritual, influenciando a política externa dos Estados Unidos, especialmente sob administrações republicanas recentes. Muitos se definem como “cristãos sionistas”.

O voluntariado religioso em Israel ganhou força em março de 2024, com estimativas do ministério do turismo de Israel apontando que até metade dos visitantes diários do país participam de viagens baseadas na fé, num momento em que o número de visitantes caiu drasticamente devido ao conflito com o Hamas.

A iniciativa dos voluntários evangélicos é vista como um reforço moral e logístico para Israel, especialmente em tempos de conflito. É uma expressão tangível da “diplomacia paralela”, onde cidadãos comuns participam ativamente do cenário geopolítico, apoiando diretamente um dos lados em conflito.

Os impactos dessa mobilização vão além do apoio material, influenciando a percepção pública e as relações diplomáticas entre os países. O envolvimento direto de cidadãos americanos em atividades de apoio a Israel reafirma os laços históricos e ideológicos entre as duas nações, reforçando uma parceria que tem ramificações profundas tanto na política interna americana quanto nas dinâmicas do Oriente Médio.

O que é o “sionismo cristão” e sua ligação com a direita

O sionismo cristão é um movimento entre cristãos, principalmente evangélicos, que apoiam firmemente Israel com base em crenças bíblicas, vendo o estado e o povo judeu como fundamentais para a realização de profecias e a segunda vinda de Cristo.

Essa visão teológica influencia profundamente a política americana, especialmente dentro do Partido Republicano, onde políticos frequentemente expressam apoio a Israel para alinhar-se com as expectativas dos cristãos sionistas, um eleitorado importante.

A aliança entre cristãos sionistas e republicanos tem levado a políticas pró-Israel, como o reconhecimento de Jerusalém como a capital do país. A relação simbiótica entre os cristãos sionistas e o Partido Republicano evidencia a complexa interação entre fé, política e relações internacionais na política dos EUA, com implicações significativas para a paz no Oriente Médio e além.

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