Israel conclui resposta aos ataques do Irã
"Se o regime do Irã cometer o erro de iniciar uma nova escalada, seremos obrigados a responder", diz porta-voz das FDI
Porta-voz das Forças de Defesa de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari publicou vídeo no X às 0h15 do Brasil (6h15 no horário israelense) deste sábado, 26, com o seguinte comunicado:
“Posso confirmar agora que concluímos a resposta israelense aos ataques do Irã contra Israel. Realizamos ataques direcionados e precisos em alvos militares no Irã, evitando ameaças imediatas a Israel. As Forças de Defesa de Israel cumpriram sua missão. Se o regime do Irã cometer o erro de iniciar uma nova escalada, seremos obrigados a responder. Nossa mensagem é clara. Quem ameaçar o Estado de Israel e tentar ampliar o conflito na região pagará um alto preço. Mostramos hoje nossa capacidade e determinação de agir decisivamente, e estamos preparados, no ataque e na defesa, para defender o Estado de Israel e seu povo.”
Reação a ataques
As Forças de Defesa de Israel (FDI) começaram a bombardear o Irã na noite de sexta-feira, 25.
Em comunicado, os militares israelenses afirmaram ter realizado “ataques precisos” contra alvos militares iranianos, em resposta a “meses de ataques contínuos do regime do Irã contra o Estado de Israel”.
“O regime do Irã e seus representantes na região têm atacado Israel implacavelmente desde 7 de outubro – em sete frentes –, incluindo ataques diretos a partir de solo iraniano”, dizem os militares.
“Como qualquer outro país soberano do mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder”, acrescenta a nota.
As FDI afirmaram ainda que suas “capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas” e que “farão tudo o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel”.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, afirmou que os ataques foram contra alvos militares específicos.
O histórico de terror do Irã contra Israel
Yahya Sinwar, o líder máximo do Hamas eliminado pelas Forças de Defesa de Israel em 17 de outubro de 2024, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, pisou no Irã pela primeira vez em 2012, um ano depois de ter sido libertado da prisão israelense, onde havia passado mais de duas décadas. Naquela ocasião, Ismail Haniyeh, que seria eliminado em Teerã em 31 de julho de 2024, apareceu em vídeo apresentando Sinwar ao aiatolá Seyyed Ali Khamenei, durante reunião de terroristas com o líder supremo iraniano.
“Temos conosco dois irmãos libertados. [Um deles é] Yahya Sinwar, que passou 25 anos de em prisão da ocupação sionista, condenado a 430 anos”, disse Haniyeh enquanto apontava para o futuro idealizador do ataque de 7 de outubro de 2023 cometido pelo Hamas em Israel, resultando em mais de 1200 assassinatos e 251 sequestros, dos quais 101 reféns seguem em cativeiro. Sinwar estava sentado em uma cadeira ao lado de outros palestinos. Khamenei sorriu para ele, antes de dizer que todos ali “emergiriam vitoriosos” em sua luta contra o regime sionista graças às suas fortes crenças.
Seis anos depois, em 21 de maio de 2018, Sinwar admitiu à TV Al-Mayadeen, do Líbano, que o Irã financia o Hamas, e também falou da coordenação do grupo com o Hezbollah em “contatos quase diários”. Ambos os braços terroristas do regime iraniano vêm atacando, respectivamente, o sul e o norte israelenses.
Em 1° de abril de 2024, em meio às reações militares ao massacre de 7/10, Israel bombardeou um edifício em Damasco, na Síria, utilizado por comandantes da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e situado ao lado da embaixada iraniana, cujo prédio permaneceu intacto. “A Guarda é classificada por vários países como organização terrorista e tem histórico de promover mortes e caos no Oriente Médio e pelo mundo, inclusive aqui na América Latina”, apontou a StandWithUs Brasil.
A ação israelense de contraterrorismo foi deturpada pelo Irã como um ataque deliberado à embaixada do país e usada como pretexto para o primeiro ataque direto do regime iraniano contra Israel e sua população, em 13 de abril, com disparos de mais de 300 foguetes, mísseis balísticos e drones.
Em 1° de outubro, o Irã realizou o segundo ataque contra Israel, disparando cerca de 200 mísseis balísticos, dessa vez em retaliação à eliminação, em 27 de setembro, do líder máximo do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em bombardeio israelense em Beirute, no Líbano, dez dias após a explosão de milhares de pagers e walkie-talkies que havia deixado o grupo terrorista libanês enfraquecido, com a comunicação e a organização prejudicadas.
A agência de notícias semioficial iraniana Tasnim, citando o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), informou na ocasião que o próprio Irã disse que atacou Israel em resposta ao “assassinato” de Nasrallah.
Em 19 de outubro, após a casa de Benjamin Netanyahu ter sido alvo de um drone lançado do Líbano, o primeiro-ministro escreveu no X:“A tentativa do representante do Irã, o Hezbollah, de assassinar a mim e a minha esposa hoje foi um grave erro. Isso não vai me deter nem ao Estado de Israel de continuar nossa guerra justa contra nossos inimigos para garantir nosso futuro.”
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