Islândia monta defesas do tamanho de prédios para se proteger contra vulcões
Descubra como a Islândia está combatendo fluxos de lava provenientes de vulcões próximos à capital, Reykjavik, por meio de imensos diques.
Na Islândia, equipes de trabalho estão em ação 24 horas por dia para proteger uma central elétrica e casas da ação dos fluxos de lava de vulcões próximos à capital, Reykjavik. Esses vulcões que estiveram inertes por quase 800 anos e agora retornam à atividade na península de Reykjanes, onde residem cerca de 30 mil pessoas.
Construção de muros de defesa para deter fluxos de lava
Preocupados com uma iminente erupção em novembro, as autoridades decidiram construir muros de defesa ao redor de uma relavante usina geotérmica de Svartsengi, situada na península. A estratégia da Proteção Civil de gerenciamento de Emergências da Islândia é que as barreiras sejam capazes de desviar a lava e não a bloquear completamente, impedindo assim que se acumule e transborde.
Proteção às cidades vizinhas e infraestruturas
Projete-se também a construção de defesas no entorno da cidade próxima de Grindavik, importante porto de pesca da Islândia e residência de quase 4 mil habitantes. Com a ameaça de uma recente erupção ao norte da cidade, houve necessidade de evacuação dos moradores.
A primeira barreira erguida demonstrou eficácia em desviar a lava de Grindavik, no entanto, quando fissuras surgiram do outro lado do bloqueio, houve penetração da lava na cidade, ocasionando a queima de algumas residências. Atualmente, as barreiras construídas têm em torno de 40 metros de largura, uma altura entre 8 a 10 metros e 4 metros de largura no ponto mais alto.
O Departamento de Proteção Civil ainda está desenvolvendo outras medidas de proteção, escavando tubulações de água quente mais profundas no subsolo e elevando as linhas de energia e de telecomunicações para preservá-las da ação dos fluxos de lava.
Uma ameaça que pode durar séculos
De acordo com especialistas, os seis sistemas vulcânicos da região devem estar ativos por até três séculos, levando em conta que já foram registradas cinco erupções desde 2021. A população da Islândia e especialistas seguem em alerta, buscando formas de adaptar-se para conviver com estes fenômenos geológicos nos próximos anos.
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