Irã pronto para enviar tropas à Síria caso governo de Damasco solicite
Desde o início da guerra civil em 2011, a presença iraniana tem sido marcante na região através da Força Al-Qods, braço externo dos Guardiões da Revolução
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghtchi, declarou em sua conta oficial no Telegram que o país poderia considerar o envio de tropas para a Síria caso houvesse um pedido formal do governo sírio.
Essa declaração, reportada pela agência estatal de notícias IRNA, surge em meio ao avanço contínuo do grupo islamista Hayat Tahrir al-Sham (HTS) no norte da Síria.
Desde o início da guerra civil em 2011, a presença iraniana tem sido marcante na região através da Força Al-Qods, braço externo dos Guardiões da Revolução, sem um destacamento oficial de tropas.
Intervenção direta do Irã?
Com a ofensiva do HTS partindo de Idlib e alcançando Aleppo na última sexta-feira, 29 de novembro, além do avanço em direção a Hama, especulações sobre uma intervenção direta iraniana estão crescendo.
O Irã mantém oficialmente conselheiros militares na Síria desde o início do conflito, mas qualquer mobilização maior exigiria permissão do Iraque ou uma rota marítima pelo Golfo Pérsico até o Mediterrâneo, algo complexo dada a limitada capacidade naval iraniana.
A influência militar iraniana também se manifesta através de aliados regionais, como o Hezbollah libanês e milícias xiitas iraquianas, que apoiam as forças governamentais sírias contra os rebeldes. No entanto, Teerã nega comandar diretamente esses grupos, embora afirme oferecer suporte quando necessário.
Visita a Moscou
Abbas Araghtchi, o ministro das Relações Exteriores do Irã, anunciou uma visita a Moscou para discutir a situação síria.
A Rússia é um aliado chave da Síria e mantém presença militar significativa no país, incluindo bases estratégicas em Hmeimim e Tartous.
Recentemente, as forças russas intensificaram suas operações aéreas contra posições do HTS enquanto realizavam exercícios navais no Mediterrâneo oriental.
Apesar da presença de tropas russas em território sírio, sua participação nos combates não tem sido intensa. Relatos indicam que Moscou evacuou várias bases por receio de novos avanços dos islamistas.
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